Lei da Terceirização vai prejudicar trabalhadores, diz presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do AM

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O setor de duas rodas do Polo Industrial de Mamaus (PIM) começa a dar férias coletivas, por causa de uma queda prevista da produção, este ano. Uma das causa da quedas nas vendas é a falta de crédito.

Nesta terça-feira (14), o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal), Waldemir Santana, disse que o sindicato está em busca de alternativas para alavancar as vendas.

“Esse setor está difícil desde 2008, sobre a questão das vendas. Nós estamos fazendo tudo para que não haja demissões. Estamos tentando conversar com o Governo do Estado para que não haja demissões no Distrito Industrial (DI). Estamos conversando, também, com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), para ver se a gente consegue vender motos consignadas. As pessoas querem comprar motos, para gerar renda para elas – tem motoboy, moto frete – mas o problema é o crédito na rede bancária, que não tem e, quando tem, é muito caro.”

Segundo Santana, no ano passado, o Distrito Industrial perdeu 6 mil postos de trabalho.
“No ano passado, nós perdemos 6 mil postos de trabalho. Agora, as empresas reduziram a produção delas e perderam mercado para outras empresas. Nós perdemos três mil postos de trabalho no DI, mas, ainda bem que nós tivemos a inauguração de dois shoppings, que absorveram parte da mão de obra.”
Para o sindicalista, a Lei da Terceirização, recentemente aprovada pela Câmara Federal, vai prejudicar os trabalhadores do setor.

“Isso só vai prejudicar os trabalhadores! Hoje, o maior índice de reclamações é na Justiça do Trabalho é no setor privado, porque as empresas não recolhem INSS e FGTS, avalie quando se transformar uma Pessoa Física em Pessoa Jurídica! O poder de negociação com os empresários pode ser muito fraco. É isso que enfraquece os sindicatos. A gente chama isso de ‘lei da escravidão’. Um retrocesso no mundo. O trabalhador não está atento a isso e só vai perder!”

Atualmente, o PIM emprega cerca de 12 mil trabalhadores. Waldemir Santana também é presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), no Amazonas.

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