Sob forte esquema policial, os cinco réus suspeitos de envolvimento nas mortes dos agentes federais Mauro Lobo e Leonardo Matsunaga Yamaguti, começaram a ser julgados nesta segunda-feira (25), pela Justiça Federal. Quatro dos cinco acusados responde pelo duplo homicídio qualificado contra os policiais federais, além de tráfico de drogas. Apenas um dos acusados não foi processado pelo crime e responde apenas por tráfico.
Vinte e duas testemunhas de defesa e de acusação foram arroladas para participar do julgamento, que só deve terminar na quinta-feira (28). Durante o julgamento, as armas utilizadas contra os dois policiais federais mortos foram expostas ao júri, para provar o poder de fogo dos traficantes.
Na frente do prédio da Justiça Federal, no bairro Aleixo, zona Centro-Sul, colegas dos policiais assassinados cobraram punição exemplar de todos os envolvidos no crime.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Amazonas (Sinpef-am), Nelson liveira, e o diretor da entidade, Simão Barros, desde as mortes, ocorridas há três anos, pouco se investiu na segurança dos policiais federais que patrulham as fronteiras do Estado.
Os policiais federais foram mortos em uma troca de tiros com os traficantes peruanos. O tiroteio ocorreu, numa localidade conhecida como boca do Lago Cuia, no Município de Anamã. Os homens envolvidos na morte dos policiais seriam liderados pelo narcotraficante peruano Jair Ardela, o “Javier”, chefe da organização criminosa e principal responsável pelos crimes.