Em sessão realizada na manhã de terça-feira (16/05), o Conselho de Sentenças da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus julgou e condenou a 23 anos e nove meses de prisão em regime fechado, Leandro Carmo da Silva, de 30 anos, por estupro e morte de Amanda Cristina Bezerra de Araújo. O crime, ocorreu em abril de 2015, na Rua Frei Caneca, no bairro da Colônia Oliveira Machado, zona Sul da cidade. A vítima tinha 17 anos.
Acusado de homicídio triplamente qualificado, Leandro, que está preso no Centro de Detenção Provisória de Manaus (CDPM), optou por não comparecer ao julgamento. Ele assinou um termo de justificativa e alegou que, nas vezes em que compareceu às audiências de instrução processual, teria sofrido represálias por parte de familiares da vítima.
Segundo o inquérito policial, antes de matar Amanda, Leandro a espancou e estuprou. A morte ocorreu por asfixia. O promotor de justiça Edinaldo Aquino de Medeiros sustentou a tese de homicídio triplamente qualificado e estupro – art. 121, parágrafo 2º, incisos III (asfixia), IV (recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e V (para assegurar a impunidade de outro crime), além dos artigos 213, caput e 69, caput, todos do Código Penal Brasileiro.
Segundo os advogados do Sistema Penitenciário do Amazonas, encarregados da defesa de Leandro, eles não vão recorrer da sentença. O promotor de justiça Edinaldo Aquino de Medeiros disse que vai aguardar o prazo recursal.
Entenda o caso
De acordo com o inquérito policial, Leandro trabalhava em uma distribuidora de água e gás da família da vítima. Na madrugada do crime, sabendo que a adolescente estava sozinha no apartamento, Leandro teria entrado na residência pelo buraco do ar-condicionado e surpreendeu a jovem, que estaria dormindo.
De acordo com a denúncia, a vítima foi espancada e teve as mãos amarradas para trás. Após ser estuprada, foi asfixiada com uma toalha enrolada no pescoço.
Leandro conseguiu fugir do local e teria chegado a passar uns dias no interior do Estado. Voltou para a capital e foi reconhecido quando andava numa rua do bairro Lírio do Vale, na zona Leste. Preso, teria confessado o crime.