20/06/13 – O Ministério Público Estadual (MPE) solicitou e a Justiça concedeu o adiamento do julgamento do processo de todos os acusados de envolvimento no assassinato do técnico agrícola Fred Fernandes, ocorrido em junho de 2001.

O julgamento estava previsto para iniciar nesta quinta-feira (20), com previsão de durar dois dias, sob a presidência do Juiz Titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Anésio Rocha Pinheiro.

A alegação do MPE para pedir o adiamento foi o desmembramento do processo, conseguido por meio de mandado de segurança, para que dois dos acusados sejam julgados em separado dos três policiais militares arrolados como réus.

Na opinião do MPE, o desmembramento é uma estratégia protelatória da defesa, que prejudica a acusação. Para a advogada dos policiais militares, apesar do adiamento, a mudança não prejudica a estratégia de defesa dos acusados.

Com o adiamento, o novo julgamento do caso “Fred” está previsto para acontecer somente no 2º semestre do ano, mas ainda sem data definida.

O técnico agrícola Fred Fernandes foi morto em 2001, numa emboscada, após sair da Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no Avenida Sete de Setembro, depois de uma visita ao filho Fred Júnior, condenado pelo assassinato da universitária Danielle Damasceno, filha de Waldemarino Dasmasceno e Therezinha de Jesus Rocha, suspeitos de envolvimento no assassinato de Fred Fernandes.

A mulher dele, Maria da Conceição, e o filho Adônis, também baleados, sobreviveram.

Durante as investigações, dois oficiais e um soldado PM foram presos, mas soltos, depois, por ordem da Justiça.

Os coronéis da PM Raimundo Roosevelt e Aroldo Ribeiro foram denunciados pelo MPE como suspeitos de chefiar um grupo de extermínio formado por policiais militares, que seriam responsáveis pela execução de Fred Fernandes.

Em seguida, numa série de assassinatos, os policiais Ronildo de Souza Oliveira, o ‘Roni’, Cleomar da Silva Cunha, o ‘C. Cunha’, e Cleto Ferreira Filho, supostamente integrantes do grupo foram mortos.