Entre os dias 17 e 20 de abril, os jovens Jardel (Wanaiu), Graziela (Yaci), Gustavo (Ywytu), Dream Braga (Iagoara) e Nelson Moraes (Inha), irão participar da Seletiva Juvenil e Cadete de Arco Recurvo para o Mundial de Tiro com Arco em Yankton, nos EUA, que acontecerá no dia 14 de junho.
Os jovens participantes da seletiva fazem parte do Projeto Arqueria Indígena, idealizado pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS), que visa contribuir para a popularização da arqueria e fortalecer a imagem e autoestima das populações indígenas da Amazônia. Desde dezembro, Dream e Inha, da etnia Kambeba, integram a Seleção Brasileira de Tiro com Arco.

Os jovens índios irão para o Rio de Janeiro, onde participarão de seletiva para o Mundial de Tiro com Arco. Além disso, o Gustavo (Ywytu) foi convocado para estágio de três meses na Seleção Brasileira de Tiro com Arco, onde já estão dois outros atletas indígenas amazonenses – Foto: Bruno Kelly (FAS)
Além da seletiva para o Mundial, o jovem Gustavo Paulino dos Santos (Ywytu), de 18 anos, de etnia Karapanã, localizada na comunidade Kuanã, na Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro, irá estagiar durante três meses na seleção e se juntará aos demais atletas. O convite foi feito pelo técnico Renzo Ruele e Gustavo viaja no próximo dia 25 de março para Maricá, no Rio de Janeiro, onde fica a sede da Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTARCO).
Com a chegada da Olimpíada e a confirmação de Manaus como uma das seis sedes do futebol, a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) estimula a torcida aos arqueiros indígenas, representantes do Amazonas no torneio. Através do Projeto Arqueria Indígena, os jovens indígenas alcançaram resultados expressivos em competições, como medalhas de ouro, prata e bronze no Campeonato Brasileiro e cinco medalhas para o estado na primeira participação do Projeto do Amazonas em competições oficiais nacionais.
Para o idealizador do projeto, Virgílio Viana, a iniciativa traz mais que resultados positivos para o Amazonas, é uma maneira de contribuir para a valorização da cultura indígena do Brasil. “Foi emocionante ver o resultado daquilo que parecia uma utopia não realizável se transformar em resultados tão expressivos e em tão curto espaço de tempo. Tenho certeza que o projeto de arquearia indígena ainda será motivo de muito orgulho para o Amazonas e contribuirá para a valorização da cultura indígena brasileira rumo à Olimpíada Rio 2016″, enfatizou o superintendente-geral da FAS.