“Janeiro Roxo”: Mutirão dermatológico da FUAM atende 800 pessoas, neste sábado

Com 800 vagas para consultas, a Fundação Alfredo da Matta (Fuam) promove, neste sábado (27/1), um mutirão dermatológico, na Escola Estadual Gilberto Mestrinho, Rua Danilo Areosa, s/n, no bairro Colônia Antônio Aleixo, zona Leste de Manaus. A ação faz parte da campanha “Janeiro Roxo”, promovida pelo Ministério da Saúde durante o mês em que é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase, com o objetivo de chamar a atenção da população para a doença. A campanha, em nível estadual, está sendo coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde (Susam).

O secretário estadual de Saúde, Francisco Deodato, explica que a campanha Janeiro Roxo visa alertar e sensibilizar a população sobre a doença, seus primeiros sintomas e a importância do tratamento precoce, evitando o surgimento de deformidades e sequelas. “Levaremos a ação para a zona leste da capital, área da cidade com maior concentração de casos de Hanseníase. Iniciativas como esta são importantes para facilitar o acesso da população a serviços de saúde importantes, como as consultas dermatológicas”, destacou Deodato.

O mutirão contará com apoio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e será realizado de 8h às 12h. A ação deve atender 800 pessoas, dentre elas, 400 pacientes já pré-agendados pelo Sistema Nacional de Regulação do Sistema Único de Saúde (Sisreg). Segundo o diretor-presidente da Fuam, Helder Cavalcante, estes pacientes já passaram por consultas em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e foram encaminhados para o serviço especializado em Dermatologia. O Complexo Regulador do Amazonas, gerenciado pela Susam, realizou o contato prévio com eles, para agendar as consultas. As outras 400 vagas serão disponibilizadas por ordem de chegada, com distribuição de senha, a partir de 7h.

 

No interior – Além da capital, as ações do Janeiro Roxo também alcançam cidades do interior.  Em Manacapuru, entre quarta-feira (24/01) e esta sexta (26), a Fuam realiza consultas e palestras para a população. A ação, que tem apoio da Secretaria Municipal de Saúde Manacapuru, levou equipe com médico dermatologista e técnicos para fazer atendimentos. Já foram consultadas aproximadamente 200 pessoas em três dias.

Ao longo do mês de janeiro, outros municípios, como Apui, Itamarati e Parintins, estão se mobilizado, com apoio da Fuam. As programações locais envolvem treinamentos na área de Hanseníase, realização de exames dermatológicos e mutirões de saúde com busca ativa de casos novos da doença.

Teatro iluminado – Durante todo o mês de janeiro, a sede da Fundação Alfredo da Matta estará iluminada de roxo, chamando atenção para a campanha. No encerramento da agenda da programação, no dia 31, os principais monumentos do Brasil também ganharão as cores da campanha. Em Manaus, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), o local escolhido para ser iluminado foi o Teatro Amazonas. No Largo São Sebastião, equipes de saúde farão a sensibilização dos frequentadores do local sobre a Hanseníase, com distribuição de material informativo.

Mobilização ao longo do mês – A agenda de mobilização da campanha “Janeiro Roxo” envolve várias instituições do estado e teve início no último dia 12, com a realização de uma caminhada de sensibilização pelo bairro Colônia Antônio Aleixo, promovida pelo Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan).

No dia 24, a Fuam realizou o Seminário de Atualização em Hanseníase. O evento contou com apresentação de temas relevantes na área da Hanseníase, dados sobre a doença no Amazonas, além de pesquisas importantes, como a de autoria da médica da Fuam, Dra. Rossilene Cruz, sobre a “Avaliação da Eficácia do Esquema Único de Multidrogaterapia para o Tratamento da Hanseníase”.

Hanseníase no Amazonas – Os casos de Hanseníase no Amazonas reduziram nos últimos anos, passando de 44,3 para cada grupo de 100 mil habitantes, em 2000, para 10,98 para cada 100 mil habitantes, em 2017, o que representa uma queda de 75,2%, em 17 anos. Em Manaus, a redução foi ainda mais significativa, de 86,1%, em 17 anos, apresentando hoje 5,91 casos para cada 100 mil habitantes.

Apesar da redução dos números, os médicos alertam para que a população faça consultas periódicas. Em 2017, foram detectados 446 casos novos de Hanseníase no Amazonas. Do total de casos novos, 126 (28,3%) eram residentes em Manaus e 320 (71,7%) moradores de outros 56 municípios. Em 2016, foram 443 casos.

Na faixa etária de maiores de 15 anos foram detectados 413 (92,6%) casos e em menores de 15 anos, 33 (7,4%). Do total, 60,5% (270) dos casos ocorreram entre pessoas do sexo masculino e 39,5% (176) do sexo feminino.

Os municípios que apresentaram o maior número de casos foram: Manaus (126), Pauini (22), Humaitá (18), Tapauá (18), Itacoatiara (17), Parintins (16), Lábrea (13), Carauari (12), Silves (11), Boca do Acre e Santa Izabel do Rio Negro (10 casos, cada). Em Manaus, as zonas da cidade apresentaram o seguinte perfil: Zona Leste, com 39 casos (30,9%), Norte, com 34 (27%), Sul, com 18 (14,3%), Oeste, com 17 (5,5%), Centro-Sul, com 6 (4,7%) e Rural, com 5 (4%).

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