Com bancos de portas fechadas no último mês, por causa da greve dos bancários, os correntistas acabaram apelando para modalidades mais caras de crédito, de acordo com o Banco Central (BC).
O saldo nas operações com cheque especial, por exemplo, aumentou 4,3%, maior expansão entre as modalidades disponíveis para consumidores.
O rotativo do cartão, no qual entram saques e faturas que não foram pagas na data, teve o segundo maior crescimento, de 2,8%. Nos meses anteriores, essas linhas vinham crescendo a uma taxa de 1%.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, disse que a greve reforçou uma tendência que já era observada, a do crescimento moderado do crédito.
Juros maiores
A taxa de juros do cheque especial subiu 4,4 pontos percentuais, de agosto para setembro, ao alcançar 143,3% ao ano, de acordo com dados divulgados pelo BC. Essa é a taxa mais alta desde julho do ano passado – 144,2% ao ano.
Entre as modalidades do crédito com recursos livres para pessoas físicas divulgadas pelo BC, a taxa do cheque especial é a mais alta. A taxa do crédito pessoal, incluídas operações consignadas em folha de pagamento, passou de 39,7% ao ano para 40,4% ao ano, aumento de 0,7 ponto percentual.
A taxa para a compra de carros, subiu 0,3 ponto percentual – de 20,9% para 21,2% ao ano.
Com informações da assessoria