Fitas adesivas se tornam segunda pele e produzem releituras do corpo a partir do movimento de intérpretes em “Fita/Corpo”, performance do artista amazonense Francisco Rider. A produção será apresentada em temporada a partir do dia 10 de dezembro, às 19h30, no Lugar Uma de Artes, Centro.
O projeto foi contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2013 e pelo Programa de Apoio às Artes – Proarte 2013, da Secretaria de Estado de Cultura (AM).
O novo trabalho de Rider dá continuidade a suas pesquisas no Projeto Cênica Corporal Uma, que ele desenvolve desde 2007. Dessa iniciativa já resultaram trabalhos como “BloCorpo” (2009/2010) — selecionado pelo edital Rumos Dança do Itaú Cultural —, “Verde banguelo/Alteração” (2010) e “Chãu” (2013), entre outros.
“É uma proposta bem plástica: olhar o corpo como suporte para visualidades, e em interação com materiais de naturezas diversas”, explica Rider, que já usou em suas performances papéis de bala, papelão, canecas de metal e até blocos de concreto. Desta vez, o esparadrapo é matéria de sua exploração artística.
“Pensamos na pele como um elemento do movimento, e na relação dela com a fita como se esta fosse uma camada, uma segunda pele. Ao se destacar, ela cria texturas sobre o corpo, modificando sua imagem. Aos poucos, o performer estabelece uma relação entre a fita, seu corpo e o ambiente”, descreve.
Rider assina a concepção e direção de “Fita/Corpo”. A criação, em conjunto com os intérpretes Ana Carolina, Damares D’Arc e Fabiano Barros, vem se dando a partir de aulas de improvisação, criação e abordagens somáticas do artista. Barros, também artista visual, é responsável pela assessoria plástico-visual.
A temporada de “Fita/Corpo” terá apresentações de 10 a 14 e de 17 a 21 de dezembro, sempre às 19h30, no Lugar Uma de Artes. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (artistas e estudantes).