Os ‘corujinhas’, como são conhecidos os radares de fiscalização de velocidade, instalados nas ruas de Manaus, estão sendo desligados. A informação foi confirmada, nesta quinta-feira (2), pelo presidente do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans), Paulo Henrique Martins. O presidente do Manaustrans explicou que os radares estão sendo desativados por força do fim do contrato com a Consladel, empresa responsável pelos equipamentos.
“O contrato tinha um prazo de seis meses. Ainda em 2014, foi feito um novo processo licitatório e foi feita uma prorrogação por mais seis meses. Agora, encerrou o contrato e nós já suspendemos todas as atividades. Apesar dos equipamentos estarem funcionando, os equipamentos de radares não podem mais ser utilizados para a nossa atividade, porque o contrato foi encerrado!”
Paulo Henrique Martins conformou o início de uma nova licitação para escolher a empresa que vai prestar os serviços, em Manaus.
“Estamos fazendo novo processo licitatório para a contratação de novos radares e esperamos que, a partir do início de maio, nós já tenhamos os equipamentos sendo instalados!”
Por solicitação do Ministério Público (MPE-AM), a Consladel é investigada por supostas irregularidades no contrato com a Prefeitura de Manaus. De acordo com a denúncia do MP-AM, acatada pela Justiça, o contrato trouxe um prejuízo de R$ 40 milhões aos cofres públicos.
O prejuízo, segundo a denúncia do MP-AM, se deu por conta da contratação da Consladel para a execução de serviços de segurança, manutenção, conservação e apoio à administração e implantação de engenharia de trânsito para o sistema viário de Manaus, prevista inicialmente em R$ 92 milhões.
De acordo com o presidente do Manaustrans, Paulo Henrique Martins, a Consladel não participará da licitação. Não pelo menos com este nome.