O direito a Moradia, Saúde, Educação, Segurança e Água potável é obrigação constitucional, mas principalmente a falta do ‘precioso líquido’ é uma constante para os moradores da zona Norte de Manaus. Alguns dos bairros mais afetados são o Monte Pascoal, Monte Sinai e Colônia Santo Antônio, onde foram construídos condomínios residenciais como o Galileias I e II onde, afirmam eles, todos os dias falta água nas torneiras. No fim do mês, protestam, as contas chegam com muita precisão e, se por ventura alguém deixar de pagar no prazo estipulado de 30 dias, já chega equipe de corte ameaçando o cancelamento do fornecimento.
Com Manaus passando por um período de extremo calor do verão amazônico afetado pelas mudanças climáticas e temperaturas variando de 37° a 40° na sombra, as dificuldades são ainda maiores sem água. Para alguns, difícil até mesmo sobreviver. A solução encontrada por muitos é pedir favor a um parente ou amigo para tomar banho ou recolher água para beber, o que, reafirmam, ocorre constantemente em áreas onde o fornecimento é normal
Os denunciantes afirmam que apelos já foram feitos à empresa responsável pelo fornecimento e ao poder público, mas as desculpas são a falta de energia, furto de água por moradores das ocupações da região e até uma “manutenção do sistema” que não acaba nunca.
A moradora da Rua Lago Vitória, no Galileia I, Kate Salles, faz um apelo dramático para que o fornecimento seja normalizado. “Já não sei a quem apelar. Agente liga para a Manaus Ambiental e eles garantem que o problema será resolvido ‘nas próximas horas’, mas nada acontece. E isso em plena eleição, imagine!’
Já a dona Rosângela Nobre, também moradora do Galileia, afirma que “o call-center center mentiroso da Manaus Ambiental diz que enviará uma equipe técnica para averiguar o problema, mas essa equipe nunca aparece aqui” diz, revoltada.
Afetados por mais uma suspensão do abastecimento de energia elétrica dede o início desta tarde, os moradores afirmam que será mais um fim de semana de muito Sol e certeza de muita dor de cabeça e sofrimento da Zona Norte da capital.