O governador do Amazonas em exercício, professor José Melo, defendeu nesta quarta-feira (19), a união entre os Estados da região Norte na busca por uma política comum de desenvolvimento regional. Foi durante a abertura do Workshop de Integração de Planejamento Estratégico dos Estados da Amazônia. O governador em exercício também falou sobre os esforços que estão sendo realizados pelo Governo do Amazonas para criar alternativas econômicas à Zona Franca de Manaus (ZFM) e que garantam o desenvolvimento sustentável a médio e longo prazo do Estado.
O evento, que está sendo realizado entre esta quarta e quinta-feira, no Mercury Manaus Hotel, na avenida Mário Ipiranga Monteiro, zona Centro-Sul, reúne secretários de Planejamento dos Estados da região Norte e representantes de órgãos ligados à indústria, ciência e tecnologia. Na pauta, está a construção de um plano estratégico de desenvolvimento regional integrado, para os próximos 30 anos.
Segundo José Melo, o plano estratégico do Governo do Amazonas leva em consideração o grande potencial do Estado em relação às suas riquezas naturais. “Precisamos criar mecanismos e condições para que a gente possa ter linhas mestras de desenvolvimento, levando em consideração não apenas a Zona Franca, mas também o potencial econômico que o interior do Estado tem”, disse.
Ele ressaltou, também, a importância do conhecimento científico para o melhor aproveitamento das riquezas naturais do Estado. “Temos que primeiro produzir o conhecimento necessário e depois criar as tecnologias capazes de fazer – como a Petrobras fez em Urucu – com que essas riquezas todas sejam exploradas de forma sustentável, gerando desenvolvimento e qualidade de vida para o nosso povo. Não dá mais para o Amazonas ter petróleo, gás e o maior potencial mineral do País, além de uma floresta com biodiversidade fantástica, com muita água e muito sol e ficar apenas no contemplativo”, defendeu Melo, ao ressaltar o potencial natural do Estado para a indústria de medicamentos e de cosméticos.
O governador em exercício destacou que o Estado está construindo mecanismos com o objetivo de transformar o Amazonas no maior produtor de peixe de água doce do mundo, por exemplo. Também citou os esforços que estão sendo feitos para criar em Manaus uma indústria de fertilizante e gás-química. “O nitrogênio, o potássio, o fósforo estão aqui”, disse José Melo, ao ressaltar que já há uma iniciativa voltada para a exploração do potássio a partir de uma empresa canadense que pretende instalar-se no Estado.
Entre os fatores primordiais da discussão do workshop, frisou José Melo, está a integração entre os Estados em torno de interesses comuns e a busca de alternativas econômicas sustentáveis à ZFM. “Nunca conseguimos construir uma política que seja comum a todos nós. Oitenta por cento dos problemas do Pará, Rondônia e Roraima são iguais aos nossos e as soluções, portanto, são as mesmas”, defendeu.