Mais de 510 mil atendimentos de urgência e emergência e mais de 43 mil exames de alta complexidade a quem precisou do serviço público de saúde. Esse é o balanço dos serviços prestados pelo Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Delphina Rinaldi Abdel Aziz inaugurado em 2014 e que nesta terça-feira, 27, completa três anos de funcionamento. A unidade vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Susam) é administrada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed) desde a inauguração.

“O Imed faz a gestão do Hospital Delphina Aziz com foco no resultado e planejamento. Os setores que compõe a unidade têm metas e indicadores que apontam se estamos rumo ao caminho que traçamos. A opinião do paciente, por exemplo, é aferida mensalmente por meio de pesquisa de opinião. Este ano, nossa média de satisfação do usuário é igual a 92,6%. Essa pesquisa é um dos instrumentos que utilizamos melhorar nossos processos”, destaca o diretor administrativo Remídio Vizzotto Júnior. Em 2017, mais de 9 mil pacientes participaram da pesquisa e avaliaram o atendimento que receberam.

Os mais de 510 mil atendimentos são nas especialidades de pediatria, clínica médica e cirurgia em geral dos prontos-socorros adulto e infantil que atendem 24 horas por dia. O número de exames no atendimento de urgência e emergência foi superior a 777 mil. Mais de 10 mil internações foram realizadas com apenas 62 leitos. “Com a boa gestão dos leitos, os pacientes permanecem o tempo necessário para reestabelecer sua saúde e conseguimos receber mais pessoas que precisam de internação”, disse Vizzotto Jr.

O prontuário eletrônico está implantado em 100% da unidade e esse sistema garante mais segurança, agilidade e atenção no tratamento prestado aos usuários. “O moderno sistema reúne, em uma espécie de histórico, todas as informações dos usuários, como avaliação médica, prescrições, evoluções, exames solicitados e seus resultados e informações de alta. As informações ficam gravadas e podem ser acessadas a qualquer momento e em diferentes setores da unidade. Além disso, permite o bom uso dos recursos público porque evita gastos com material de expediente, papel e impressões”, conta o gerente administrativo, Marcos Silveira.

Este ano, com a inauguração de um moderno parque de imagens em fevereiro, o Delphina Aziz realizou, ainda, mais de 43 mil procedimentos em apoio ao diagnóstico correto. São mais de dez exames disponíveis e a estrutura encerrou a espera por exames de ecocardiograma infantil, tomografia endoscopia digestiva e raio x. “Parte de um plano estratégico para zerar as filas por exames no Amazonas, o parque de imagens é importante para o diagnóstico preciso de pacientes e, consequentemente, para o tratamento adequado. Para a saúde, a tecnologia é uma grande aliada”, afirma o diretor técnico do HPS Delphina Aziz, Cássius Segatto.

Já são mais de 500 mil horas de cuidados de enfermagem aos pacientes nesses três anos. “Enfermeiros e técnicos estão diretamente na assistência: salas de observação, hidratação e salas vermelhas (para onde vão os pacientes mais graves). Primamos pelo atendimento de qualidade, seguro e humanizado”, disse a coordenadora de enfermagem, Alyne Menezes. Para manter os profissionais sempre preparados, seja da área administrativa ou da assistência, o Imed, responsável pela gestão no Delphina Aziz, já realizou, em três anos, mais de 26 mil horas de capacitação.

Para identificar as demandas de cada paciente, o Serviço Social já efetuou mais de 8 mil entrevistas sociais. Já a equipe de nutrição já avaliou mais de 7,9 mil usuários da internação para identificar qual a dieta mais adequada a cada paciente uma vez que a recuperação não depende apenas de medicamentos. Assim com a fisioterapia que já realizou mais de 24 mil atendimentos.

Os farmacêuticos já foram até o leito de mais de 24 mil pacientes explicar o tratamento medicamentoso e incentiva-los a seguir, quando necessário, tomando os remédios em casa. Essa conduta do paciente é fundamental para ele não ter uma recaída e, por isso, é incentivada.

A gestão de qualidade está em todos os setores. O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), por exemplo, reduziu em 96% os gastos com antibiótico. “O uso indiscriminado de antimicrobianos, principalmente quando não há indicação clínica, ocasiona uma série de desfechos danosos aos pacientes, selecionando bactérias multirresistentes com potencial para infecções graves com poucas possibilidades terapêuticas. Além disso, expõe o paciente aos potenciais efeitos adversos e tóxicos das medicações, aumenta o tempo e os custos de internação”, explica a médica da SCIH, Mayla Borba. Além disso, este ano, o Delphina Aziz incluiu o serviço de odontologia hospitalar para pacientes para prevenir casos de infecções, que tem a boca como porta de entrada.