Motoristas e cobradores da empresa Global Green amanheceram de braços cruzados, na manhã desta quarta-feira (17). A paralisação, que alcançou 80% da frota de 240 ônibus, deixou mais de 150 mil pessoas ‘a ver navios’, nos pontos de ônibus da zona Leste da capital.
De acordo com o comando do movimento, a paralisação foi em protesto pelo atraso no pagamento do 13º e contra a demissão de funcionários que participaram da greve anterior da categoria.
Os trabalhadores se concentrados em frente à garagem da empresa. A paralisação, que aconteceu sob forte tensão, foi acompanhada pela Polícia Militar.
Os motoristas ameaçavam voltar ao trabalho após um acordo. Além da zona Leste, a Global Green atende a outras áreas da cidade.
Ainda pela manhã, a Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) disse que o protesto foi ilegal disse e não foi informada oficialmente.
Segundo o órgão, como medida emergencial, foi feito o remanejamento de ônibus de outras empresas para atender a demanda de usuários, nos principais corredores das zonas Norte e Leste e nos Terminais de Integração T4 e T5, priorizando as linhas que seguiam para o Centro da cidade.
Ainda segundo a SMTU, desde as 5h30 da manhã, foi determinada a extensão do itinerário das linhas 540-Ouro Verde/T1/Centro, 542-Ouro Verde/ T2/ Ponta Negra e 517-Ouro Verde/T2/ Centro até a rotatória do São José.
Além disso, foram remanejados ônibus de outras empresas para as linhas 600-T4/T5/ Centro e 652-T4/T5/V8/T1/Centro, inclusive com a utilização de veículos articulados que saíram do Terminal Jorge Teixeira (T4).
Os microônibus do transporte alternativo foram liberados para irem até o Centro da cidade. Os usuários também puderam utilizar os microônibus do transporte executivo, para não ficarem impedidos de se locomoverem.
A manifestação durou toda a manhã, e só foi finalizada após cerca de seis horas, no início da tarde desta quarta-feira, quando os trabalhadores decidiram retomar as atividades, depois de uma reunião com o gerente operacional da Global Green.