Diagnóstico precoce de Hanseníase evita consequências mais graves

O último levantamento da Organização Mundial de Saúde indicou que, apenas em 2017, foram registrados 210.671 novos casos de Hanseníase em 150 países. O Brasil ocupa a 2ª posição nesse ranking, com 26.875 registros, perdendo apenas para a Índia.

Casos no Amazonas

De acordo com dados da Fundação Alfredo da Mata (FUAM), que realiza a supervisão e monitoramento de ações de combate à hanseníase nos 62 municípios do Estado, de janeiro a fevereiro, foram detectados no Amazonas 46 casos da doença. A incidência maior foi em homens, com 30 casos.

Em 2018, segundo dados da Fuam, 411 casos novos de hanseníase foram detectados no Estado. Desse total, 114 (27,7%) eram residentes de Manaus e 297 (72,3%) residentes em outros 56 municípios.

A quantidade de casos registrados ano passado foi menor que em 2017, quando foram diagnosticados 459 casos – 48 a mais que em 2018.

Em 2018, os municípios que apresentaram o maior número de casos de hanseníase foram Manaus com 114 casos novos, Parintins com 17, Itacoatiara 15, Humaitá 12, Novo Aripuanã 12, Apuí 12, Presidente Figueiredo 11, Eirunepé 11, Boca do Acre 11 e Tapauá 11.

O que é a Hanseníase

Mas você sabe o que é a doença? A Hanseníase é uma infecção crônica, transmissível e que tem a capacidade de afetar um grande número de pessoas. No caso dos pacientes diagnosticados e que não fazem tratamento, as consequências podem ser mais graves. Para falar sobre assunto, conversamos com a coordenadora-geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde, Carmelita Ribeiro Filha.

“Como o bacilo tem essa preferência pelo nervo periférico, uma pessoa acometida pela Hanseníase, não são todas, mas algumas desenvolvem incapacidades físicas, ou seja, tem uma mão em garra, um pé em garra, uma mão caída… Então seria muito bom, ou menos pior, se a Hanseníase fosse só essa lesão em pele, tratou, acabou. Não é. A hanseníase tem essas complicações e essa incapacidade, que é o principal motivo do estigma e de discriminação”.

Créditos:Ministério da Saúde

O importante é ficar atento aos sinais do seu corpo. Ao surgimento de qualquer mancha que tenha a perda de capacidade sensitiva de dor, calor ou frio, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima.

Quanto mais cedo o diagnóstico, menores as chances de sequelas. A Hanseníase tem cura e o tratamento está disponível gratuitamente no SUS. Por isso, não esqueça: identificou, tratou, curou. Para mais informações acesse saúde.gov.br/hanseníase.

Créditos:Ministério da Saúde

(com informações da Agência do Rádio e Fundação Alfredo da Amata-AM)

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