Recuperação de viaduto que desabou em Brasília deve levar seis meses

Uma parte de um viaduto da principal via de Brasília – o Eixão Sul – desabou há alguns minutos no centro da capital federal. Uma viatura do Corpo de Bombeiros já está no local. Não há, até o momento, informações sobre vítimas no local. A estrutura fica perto do Setor Comercial Sul e do Setor Bancário Sul.

O desabamento ocorreu por volta do meio-dia em um local de grande circulação, atingindo parcialmente um restaurante. O local é usado como estacionamento pelas pessoas que trabalham em prédios próximos. Os motoristas foram autorizados a fazer a retirada dos veículos que estão perto da parte que desabou.

No último domingo (4), um outro desabamento ocorreu na garagem de um prédio localizado na 210 Norte, em meio às chuvas intensas que tem atingido a cidade.

A parte do viaduto que desabou é toda faixa da pista no sentido Asa Norte. Neste momento, o eixo rodoviário está interditado ao tráfego.

Em 2013, uma auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal detectou fragilidades em diversos monumentos de Brasília, entre elas o viaduto. Na oportunidade, a equipe de vistoria recomendou que a obra fosse reformada.

O trecho do viaduto que desabou deve ser recuperado em cerca de seis meses, segundo previsão da presidente do Conselho Regional de Engenharia (CREA), Fátima Có. “Mas é provável que o processo licitatório não deva demorar, por se tratar de uma emergência”, destacou.

Até o momento, não foram registradas vítimas do desabamento. O trânsito ficou completamente bloqueado na via, e não há previsão de liberação. O diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), Henrique Ludovice, disse que os órgãos do governo vão trabalhar de forma articulada, primeiramente no escoramento desse viaduto e na análise da estrutura.

“Para que possamos oferecer à população a solução mais adequada e mais correta sob o ponto de vista a intervenção necessária nesse viaduto. Enquanto isso, faremos o desvio do tráfego nas redondezas para que o acesso ao centro do Plano piloto possa ocorrer, embora com as dificuldades sem a presença do Eixo Rodoviário”, disse.

Manutenção

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, reconheceu que o viaduto não recebeu manutenção. “São viadutos antigos. Desde o início do nosso governo, fizemos manutenção em oito viadutos. Seis deles receberam reforço estrutural. Infelizmente, esse não recebeu e agora temos que ver que providências iremos tomar a partir de agora.”

Para a presidente do Crea, diversos fatores colaboraram para o desabamento da estrutura. “A questão de opinião técnica, eu gostaria de aguardar uma perícia. São diversos fatores que levam ao caos, ao colapso. Aqui, com certeza, foram diversos fatores, mas não a chuva, afinal não estava chovendo. Então, foi porque realmente a estrutura já estava, digamos assim, no ponto mais frágil dela”, destacou Fátima Có.

Perguntada sobre a possibilidade de o outro lado do elevado ceder, ela disse que estaria sendo irresponsável ao tentar antecipar qualquer avaliação.

Em 2013, uma auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal detectou fragilidades em diversos monumentos de Brasília, entre elas o viaduto. Na oportunidade, a equipe de vistoria recomendou que a obra fosse reformada.

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