“Há de se levar em consideração, o esforço de homens e mulheres que integram as polícias civil e militar no Amazonas, mas os fatos falam por si. São rebeliões constantes, fugas de presos, sequestros, assaltos seguidos de morte e execuções que acontecem diariamente; os comerciantes estão providenciando grades para poder ter o mínimo de segurança nos seus estabelecimentos; as pessoas estão convivendo com o medo, em suas próprias residências, temendo ter suas casas invadidas a qualquer momento, por assaltantes, principalmente à noite, com criminosos cada vez mais audazes, perigosos e impiedosos.”
Foi com esses argumentos, que o líder do PMDB na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Marcos Rotta (PMDB), chamou, nesta quarta-feira (10), a atenção das autoridades para o clima de insegurança vivido pelos amazonenses, na capital e no Interior do Estado.
“A questão da segurança pública é dever de todos e nós precisamos fazer com que a sociedade amazonense, principalmente os gestores da segurança, possam compreender o momento delicado que estamos passando.”
O peemedebista defendeu a urgente mobilização das autoridades, em todas as esferas – municipal, estadual e federal – contra o tráfico de drogas, considerado a maior causa do crescimento da violência e principal razão do avanço do consumo entre os jovens.
“É necessário criar mecanismos para impedir que os jovens tenham acesso ao consumo de entorpecentes. Hoje Manaus tem 80 mil dependentes químicos, fruto da entrada de drogas – quase 200 toneladas por ano – e nós precisamos mobilizar todos os seguimentos para acabar com o tráfico no nosso Estado”, afirmou.
O parlamentar destacou o “Ronda no Bairro” como um excelente modelo de segurança, mas defendeu uma rápida e estratégica reestruturação do Programa.
“Defendi o ‘Ronda no Bairro” nesta tribuna, porque muito antes do programa ser implantado no Amazonas, eu já o acompanhava e posso dizer que a intenção foi a das melhores possíveis – criar uma polícia comunitária, próxima do cidadão, para que a população pudesse voltar a confiar na boa polícia. O modelo é tão bom que já foi copiado por outros Estados, porém, o Ronda no Bairro se agigantou e o Estado não conseguiu acompanhar a demanda progressiva da Segurança Pública. Por ser um bom modelo, o programa é cada vez mais cobrado em Manaus e no interior. Hoje temos um déficit no Ronda no Bairro e quem afirma isso são as pessoas nas ruas, nos bairros, são os comerciantes, os cidadãos, alunos das universidades, os trabalhadores e as donas de casa que falam muito bem do Ronda. Para todos, quando o programa foi criado, era comum ver viaturas e policiais nas ruas, mas que agora, a situação é diferente”, lamentou.