Crimes cibernéticos aumentaram 47%, em 2012, no Am, mas Estado ainda não tem delegacia especializada

Com informações de Marcos Pontes

06/05/15 – A prática de crimes cibernéticos no Amazonas apresentou um crescimento de 40%, em 2012. Segundo dados confirmados pelo delegado-geral adjunto, Mário Aufiero, no ano passado, a Polícia Civil (PC) chegou a receber cerca de 40 ocorrências de transgressão na internet, por mês.

Por telefone, a assessoria de imprensa da Delegacia Geral informou que hoje não dispõe de dados precisos sobre o número de registros desse tipo de crime, em 2013.

Dados divulgados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostram que os registros de crimes eletrônicos ou cibernéticos estão em queda, mas ainda preocupam, no Brasil. De acordo com a instituição, as fraudes diminuíram 6,7%, mas, apesar disso, só no ano passado, os criminosos virtuais, ou “Crackers”, provocaram um prejuízo de quase R$ 1,5 bilhão à rede bancária brasileira.

Os criminosos fazem suas vítimas instalando vírus nos computadores de clientes ou direcionam os alvos para páginas falsas na internet. Com isso, eles conseguem dados bancários da vítima e desviam dinheiro para as contas pessoais.

No Amazonas não existe uma delegacia especializada para tratar dessa modalidade de crime. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, a unidade de combate a crimes cibernéticos está em fase de análise, mas não há previsão de instalação.

Apesar da instalação da delegacia ter sido anunciada em agosto do ano passado, para ficar pronta em um prazo de 90 dias – novembro de 2012, até o momento, não saiu do papel. O consultor de Segurança da Informação, Ricardo Kiyoshi, dá dicas aos usuários do sistema bancário para evitar esse tipo de problema.

“Nunca fazer transações bancárias ou compras on line usando um computador não confiável. Manter sempre sistemas de anti-vírus, proteção sempre atualizados. Uma dica muito importante é tomar cuidado com as informações dos e-mails que você recebe. Não clicar, se você não ter certeza da origem. Normalmente, o pessoal manda prêmios, remédios. É só não clicar!”

O titular da delegacia interativa do Amazonas, Irineu Brandão Júnior, afirma que o cidadão pode registrar queixa de crimes cibernéticos em qualquer delegacia do Estado.

“Boa parte dessas investigações são feitas pela perícia técnica. É claro que, quando for aprovada a lei que vai criar a delegacia de crimes cibernéticos, a gente pretende dar um atendimento mais especializado.”

De acordo com o delegado, no Amazonas, não há como especificar que os crimes registrados são cibernéticos ou não, porque os delitos registrados são crimes comuns, ou cometidos pelo meio cibernético, então, entram no nosso sistema como furto, estelionato, crimes contra a honra, não especificamente um crime cibernético, como agora, criaram a Lei Carolina Dieckmann, mas eu ainda não vi nenhum registro, aqui no Amazonas.”

 

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