No que sobrou do carro modelo Voyage, de cor preta e placas JXS-7271, ficara os corpos inertes de seis jovens. Todos morreram no local do acidente. Alguns tiveram os corpos mutilados. Segundo testemunhas, o carro estava em alta velocidade, quando o motorista atravessou o canteiro central e atingiu um ônibus que estava na pista contrária, da avenida Grande Circular 2, zona Norte da capital, próximo à Reserva Adolpho Ducke. O acidente ocorreu no final da madrugada desta quarta-feira (22).
No veículo estavam Robson Nascimento Bastos, de 27 anos, e o irmão dele, Antônio Nascimento Bastos, de 26, além de quatro mulheres: as adolescentes Raquel Tamires Magalhães Rodrigues e Maize Maiara Lima Parente, ambas de 16 anos; Thaíza Barbosa de Almeida, de 21 anos, e Érica Cristina Pereira dos Santos Braga, de 19.
O mototaxista Hamilton Mota contou que, minutos antes do acidente, os jovens estavam na loja de conveniência de um posto de combustíveis, ingerindo bebida alcoólica e se divertindo muito.
Foram necessários dois carros do Instituto Médico Legal (IML) para remover os corpos do local do acidente. A via teve de ser interditada. Muitos curiosos se aglomeraram para ver, filmar e tirar fotos da triste cena. As polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e agentes do Manaustrans foram acionados para atender a ocorrência.
A rua só foi liberada após a remoção do que restou do Voyage, com a ajuda de um guincho.
O tio dos dois irmãos que morreram na colisão, Raimundo Gonçalves Bastos, se manifestou surpreso e incrédulo, pela gravidade do acidente.
O susto também foi grande para o motorista e os passageiros do micro ônibus que fazia rota para uma empresa do Distrito Industrial. Felizmente, ninguém se feriu. O veículo ficou avariado apenas na frente e teve um pneu estourado pelo impacto. Testemunhas também disseram que o motorista tentou desviar do carro, mas não conseguiu.
No IML, transtornados, os parentes das vítimas enfrentavam a difícil tarefa de reconhecer os corpos. Ao chegar, eram logo conduzidos ao auditório. No local, eram recebidos por uma equipe preparada para atendê-los e prestar toda a assistência possível. Equipes da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semmasdh) também estavam no IML dando apoio aos familiares.
O vigilante Valdemir Barros, colega de trabalho de Antônio e Robson, também foi surpreendido pela notícia. Segundo ele, os irmãos, operadores de máquina, estavam de folga.
De acordo com a diretora do IML, Maria Margareth Vidal, o laudo que confirmará se o condutor do veículo, assim como os demais passageiros, estava alcoolizados ou não, sai em dez dias.