Sete casos suspeitos de sarampo estão em investigação em Manaus. Os pacientes são crianças menores de um ano, que foram transferidas para a Fundação de Medicina Tropical, unidade de referência para o tratamento da doença. A médica pediatra e infectologista, Elena Marta Amaral, da Maternidade Unimed Manaus, alerta para a necessidade de verificar a carteira de vacinação ou caderneta da criança para manter em dia a proteção dos pequenos.
A especialista lembra que desde o nascimento até os cinco anos de idade são as vacinas que ajudam a proteger as crianças de doenças graves que podem colocar a vida em risco. Por isso, a Carteira de Vacinação da Criança é um documento indispensável no desenvolvimento dos pequenos, e é importante ressaltar que a vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças. “Atualizando a carteira da criança, os pais estão protegendo seus filhos de mais de 15 tipos de doenças que podem gerar complicações, como Sarampo, Tuberculose, Hepatite B, Difteria, Tétano, Coqueluche, Pólio, Influenza tipo B, Caxumba e Rubéola”, orienta a pediatra da Unimed Manaus.
A médica enfatiza a importância desse acompanhamento para proteger as crianças de doenças transmissíveis. No caso do Sarampo, Elena Amaral explica que é uma doença infecciosa viral e extremamente contagiosa. “Os principais sintomas são febre alta, manchas avermelhadas, tosse e olhos irritados”.
Caderneta da Criança
O documento é fundamental para comprovar quais doses foram aplicadas, quais estão em atraso e quais deverão ser tomadas nos meses ou anos seguintes. Caso os pais ou responsáveis tenham perdido a caderneta, a recomendação é que eles compareçam ao mesmo posto onde vacinaram as crianças anteriormente. “Cada vacina geralmente tem mais de uma dose a ser aplicada, então a criança precisa tomar duas, três, às vezes mais um reforço. Por isso a necessidade dos pais estarem sempre levando ao posto de saúde para que se atualize a carteira de vacinação”, afirma a pediatra.
Segundo Elena Amaral, se engana quem acha que a caderneta é utilizada somente como controle da vacinação da criança. De acordo com a lei nº13.438, sancionada em 2017, a consulta dos bebês de até 18 meses não pode mais ser apenas medir o peso e altura. O pediatra tem que fazer uma avaliação mais detalhada do comportamento da criança, a fim de identificar sintomas de transtornos como o autismo, por exemplo. A Caderneta da Criança é uma ferramenta que pode identificar se o bebê está se desenvolvendo de forma correta. No entanto, na maioria das vezes, ela é usada apenas para o acompanhamento das vacinas. O livreto que deve ser fornecido gratuitamente pelo Ministério da Saúde, no entanto, prevê espaço para anotação sobre as habilidades esperadas em cada idade, para que os pais possam anotar o comportamento do filho e levar para o médico avaliar. Uma caderneta ainda mais completa deve chegar aos postos de saúde neste ano.
Dados sobre Vacinação
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacinação em massa evita entre 2 milhões a 3 milhões de mortes por ano e é responsável pela erradicação de várias doenças. No Brasil, graças à cobertura vacinal, iniciada na década de 1970, a varíola foi eliminada no país em 1973; a poliomielite, em 1989; e a transmissão de sarampo dentro do mesmo território, em 2001.
O Ministério da Saúde disponibiliza no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Calendário Nacional.
Atualmente, são disponibilizadas pela rede pública de saúde, de todo o país, cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos ao ano, para combater mais de 19 doenças, em diversas faixas etárias como: BCG (para prevenção da tuberculose em crianças); HPV (vírus do papiloma humano); Pneumocócica (contra a infecção por pneumococo que causa meningite, pneumonia e infecção de ouvido – otite); Febre Amarela; VIP/VOP (vacina inativada e vacina oral contra poliomielite – paralisia infantil); Hepatite B; Penta (vacina contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecção por Haemophilus influenza); Rotavírus; Hepatite A; Tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela – catapora); Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola); Dupla adulto (difteria e tétano); e dTpa (difteria, tétano e pertussis – coqueluche), e Meningite C (conjugada).
Sobre a Unimed – Em 2017, a Unimed completou 50 anos de atuação no mercado de saúde suplementar. A marca nasceu com a fundação da Unimed Santos (SP), em 1967, e hoje é composta por 346 cooperativas médicas, que prestam assistência para cerca de 18 milhões de beneficiários em todo País. Atuando sob o modelo cooperativista, a Unimed conta com mais de 113 mil médicos, 115 hospitais próprios e 2.584hospitais credenciados, além de pronto-atendimentos, laboratórios e ambulâncias que garantem a qualidade da assistência médica, hospitalar e de diagnóstico complementar prestada aos beneficiários das cooperativas.
Sobre a Unimed Manaus – Com 38 anos de atuação, uma equipe médica composta por mais de 850 médicos cooperados e a mais completa rede hospitalar com 6 unidades, sendo 3 hospitais próprios, 90 clínicas, 11 laboratórios, Centro de Oncologia, 2 Centros de Diagnóstico e Imagem, Unidade Coronariana com equipe 24 horas, Unidade Neonatal, UTI Pediátrica e Adulto, Pronto Socorro Adulto e Infantil, e 800 consultórios que atendem diversas especialidades.