Com pagamento atrasado há seis meses, prédio que funciona como escola da prefeitura é fechado e deixa 400 alunos sem aula

Sem receber a mensalidade, atrasada há seis meses, a dona de um prédio alugado para a Prefeitura de Manaus, para funcionar como escola, não teve outra alternativa senão fechar o imóvel, em protesto pela falta de pagamento, deixando cerca de 400 crianças sem aula, nesta quarta-feira (26), no conjunto Oswaldo Frota, zona Norte de Manaus. Pela manhã,  em entrevista à Rede Tiradentes, a locadora do prédio onde funciona a Escola Municipal ‘Mário Lago’, Mara Santos, confirmou o atraso do aluguel e disse que sempre recebe com atraso.

“Vem desde a época do Serafim e, na época do Amazonino, eu passei 1 ano e meio sem receber! Imagina o que é isso – 1 ano e meio sem receber o aluguel. Vem atrasando … eles pagam dois meses, atrasam seis meses, pagam três. No ano passado, eu estive com o Pauderney (ex-secretário), eles disseram que iam regularizar tudo. O Pauderney saiu, entrou o Humberto, eu estive com ele, também, ele me falou que iriam pagar, iam resolver, e, até agora, não foi resolvido! Já estava insustentável e eu resolvi trancar a escola. Eu disse a eles que iria tranca a escola, se não me pagassem! Aí o prefeito vai à TV, diz que tá pagando tudo em dia, está tudo certinho. Isso não é verdade! Assim como o aluguel do meu prédio está atrasado, tem outras escolas que eles estão devendo, também! Outros proprietários que tem reclamado, que estão sem receber!”

O secretário municipal da educação, Humberto Michiles, informou que as parcelas atrasadas não foram quitadas porque a proprietária do prédio não cumpriu a promessa feita à Semed de fazer adequações e regularizar a documentação do prédio.

“Essa moça esteve comigo há cerca de dois meses atrás, e se comprometeu de fazer umas adequações no prédio. Tão logo fossem feitas as adequações, ela nos comunicaria e nos mandaríamos a nossa engenharia verificar se as adequações estariam de acordo com o solicitado. Somente ontem, ela mandou entregar a certidão da Secretaria da Fazenda, então, recursos para o pagamento estão empenhados. Da nossa parte está tudo dentro da legalidade, mas não podemos pagar, enquanto as certidões não forem apresentadas.”

O secretário Humberto Michiles lamentou o transtorno imposto aos pais dos alunos que estão sem aula e confirmou que, atualmente, 173 escolas municipais funcionam em prédios alugados pela prefeitura. De acordo com ele, o problema da falta de prédios deve ser resolvido com a construção de nove novas escolas, ainda este ano.

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