Cheia do Rio Negro já pode ser considerada de grandes proporções e preocupante, afirma especialista

A cheia do Rio Negro, este ano, já pode ser considerada de grandes proporções e preocupante. A afirmação foi feita nesta terça-feira (27), pelo engenheiro civil e encarregado do Serviço Hidrográfico do Porto Privatizado de Manaus, o especialista Walderino Pereira.”Com os dados que nos garantem dizer isso, é uma enchente já de grandes proporções e preocupante, haja vista já se ter alguns locais das partes baixas e da orla da cidade, comprometidas pela enchente,”

Ele afirma que, até meados de junho, a cota máxima pode chegar aos 29, 72 metros. Pela manhã, o nível do rio, que banha a capital amazonense, atingiu cota de 29, 22,  setenta e cinco centímetros abaixo da cota recorde registrada em 2012, quando o Rio Negro chegou à marca de 29, 97 metros.

Apesar de ainda estar longe da máxima histórica, o rio já invade ruas do centro da cidade. Na Rua dos Barés, comerciantes e pedestres começam a sentir os impactos e os transtornos causados pela enchente.

O comerciante Altair Peres é um dos prejudicados. Na frente da distribuidora de estivas dele, a água já tomou conta, afastando clientes. “Todo ano, é essa agonia. Está alagado agora, mas, graças a Deus, até o momento, está menor do que no ano passado!”

Segundo os comerciantes a queda nas vendas já chega aos 30%. Mesmo assim, os empresários estão confiantes de que a cheia deste ano não invada os comércios, como ocorreu em 2012, causando prejuízos ainda maiores.

Nos bairros atingidos pelo fenômeno natural, a prefeitura já faz um levantamento das famílias afetadas. Hoje, foram cadastradas famílias do Beco Bragança, em São Jorge, na zona Oeste da cidade, que receberão o aluguel social, disponibilizado pela Prefeitura de Manaus. ”

Segundo o técnico da Defesa Civil Municipal, Ednaldo Afonso, cerca de três mil famílias serão beneficiadas, em 13 bairros da capital. Nos dois primeiros meses, as famílias cadastradas recebem R$ 300, 00.

Ontem, os moradores fizeram um protesto que fechou a principal rua do bairro de São Jorge para exigir providências em relação às consequências da cheia e atendimento social.

Ednaldo Afondo explicou que um dos critérios para a seleção das famílias que serão beneficiadas pelo aluguel social é que as casas delas devem estar de 50 a 70 cm da cota do rio para chegar aos assoalhos. Segundo ele, famílias cadastradas hoje, em São Jorge, devem receber o benefício em três ou quatro dias, após o cadastro. “Até sexta-feira (30/05), ou, no máximo, até segunda-feira (02/06)!”, garantiu.

Para o especialista Walderino Pereira, as águas do Rio Negro já devem começar a baixar, nos próximos dias.

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