O desembargador aposentado Neuzimar Pinheiro, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), negou, nesta quinta-feira (21), que conheça ou tenha alguma relação com as partes, ou seja, as pessoas envolvidas no processo que ficou conhecido como “Caso Fred”.
O desembargador foi citado, nesta quarta-feira (20), na entrevista do empresário Waldemarino Damasceno à Rede Tiradentes de Rádio e Televisão.
Nesta quinta-feira (21), em entrevista a Ronaldo Tiradentes, ele se manifestou estarrecido com a citação.
“Estou extremamente surpreso, porque não tem o menor cabimento. É um negócio estapafúrdio! Não sei nem do que se trata. Não sei nem qual é a natureza desse crime! Apenas algumas vezes ouvi no rádio ou li nos jornais. Não tem o menor fundamento!”
Segundo o desembargador Neuzimar, ao longo da carreira dele, essa não é a primeira vez que tentam envolvê-lo nesse tipo de problema.
“Eu fui juiz durante quarenta anos. Graças a Deus, cumprindo com o meu dever, tendo o cuidado de exercer a profissão, que é muito delicada e muito importante para a opinião pública e para o jurisdicionado. Muitas vezes, quiseram me envolver em problemas, mas graças a Deus, eu nunca tive problemas no exercício da minha função. Estou estarrecido com essa notícia!”
O desembargador rebateu que o parentesco com o juiz que preside o Júri, o Dr. Anésio Pinheiro, ou a amizade com o coronel PM Lemos tenham influenciado no andamento do processo.
“Se eu tivesse pedido alguma coisa (o juiz Anésio), ele até indeferiu, não é? O coronel Lemos eu nem conheço! Eu não iria me envolver nisso! A não ser que fosse contratado como advogado. Estaria me metendo num assunto que não me diz respeito. Não tenho o menor interesse! O interesse é que a Justiça cumpra sua obrigação e dê a cada um o que é seu!”
O desembargador Neuzimar, que está aposentado há cinco anos, disse que, recentemente, voltou a adquirir a carteira de advogado, mas que decidiu não mais advogar e que, agora, pretende cuidar da própria vida e curtir os netos.