Brasil dará show de organização, mas será fracasso no quadro de medalhas, nas Olimpíadas 2016, diz medalhista amazonense

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Luís de Souza Silva Borges, 48 anos, e mais de 30 dedicados ao desporto amazonense, foi atleta e dirigente esportivo, tendo participado de torneios nacionais e internacionais. É dele o recorde dos 400 metros livres da Federação Amazonense de Atletismo, que já perdura por décadas e ainda não foi batido, assim como o recorde dos mesmo 400  na antiga pista de atletismo do Campus Universitário, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Com toda uma vida voltada para o desporto amazonense, o corredor conhece como ninguém as nuances do esporte, no Amazonas, e fala com  autoridade, competência e respaldo junto a categoria. Ex-presidente da Associação Amazonense de Desporto e da Federação Amazonense de Atletismo, vibrou com a realização de uma Olimpíada no Brasil, um sonho nunca imaginado por qualquer atleta ou dirigente, e, agora com os Jogos Olímpicos batendo às portas do Brasil, ele se manifesta desolado com o descaso das autoridades esportivas com a preparação dos atletas brasileiros, individualmente.

O ex dirigente acredita que o Brasil irá realizar um grande evento – como foi a Copa do Mundo – com organização perfeita, considerada a melhor de todos os tempos – apesar da humilhação sofrida pela seleção brasileira, após uma goleada histórica perante a Alemanha, que nunca será esquecida – Luís Borges afirma que daremos mais um show de organização, mas com uma outra realidade no quadro de medalhas.

Pessimista, Borges acredita que o Brasil ficará abaixo do Quênia, Etiópia e outros nações africanos, pois a preparação individual das seleções desses países está sendo preparada para conseguir vitórias. Para Borges, os jogos Pan Americanos não servem como parâmetros para disputas mundiais.

O Amazonas terá, novamente, a presença apenas de Lígia Santos, no Tênis de Mesa – a atleta amazonense já vai para a quarta Olimpíada – e de Sandro Gama que, apesar de uma idade avançada, poderá figurar entre os atletas brasileiros que irão representar o Brasil na maior festa esportiva do Mundo.

Luís Borges alerta que, o que falta ao Brasil – uma reivindicação antiga dos atletas de quase todas as modalidades, é investimento no setor de atletas de Alto Rendimento. Conforme Borges, o Amazonas teria que revitalizar os Centros de Treinamento de Alto Rendimento, aumentar o intercâmbio e ter um calendário anual de eventos, em todas categorias.

Para Borges, com maior investimento na base e no esporte das escolas, o Brasil seria, em pouco tempo, uma potência mundial. O ex-atleta acredita que teremos medalhas no Vôlei de Praia e de quadra masculino e feminino; no futebol masculino e feminino; no judô, na natação, na ginástica e, talvez, no atletismo.

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