Ausência de testemunhas adia sentença sobre morte de turista inglesa, em acidente com lanchas, em 2013, em Manaus

A audiência de instrução e julgamento dos acusados da morte da turista inglesa Gillian Metcalf, teve início nesta quarta-feira (13). Foram ouvidas testemunhas de defesa e acusação, além dos dois réus acusados de provocar o acidente marítimo. A sessão teve inclusive a participação da família da vítima, que veio de Londres acompanhada de uma advogada.

A audiência, realizada na 9ª Vara Criminal do Fórum Ministro Henoque Reis, durou toda a manhã e só terminou no início da tarde.

De acordo com o Juiz Henrique Veiga, uma nova audiência será realizada no dia 3 de agosto, devido à ausência de testemunhas.

Um perito da Marinha e os dois réus que pilotavam as duas embarcações envolvidas no acidente que vitimou a turista inglesa saíram da audiência mudos. Apenas os advogados dos pilotos das embarcações envolvidas na tragédia falaram com a imprensa.

O advogado Radílio Correia, que representa o piloto Mailson Roberto Gomes, que, segundo testemunhas, estaria conduzindo a embarcação bêbado, no dia do acidente, saiu em defesa do cliente e negou que ele estivesse alcoolizado.

Já a advogada Juliane Mariano, que atua na defesa do piloto Raimundo Nonato Oliveira, que conduzia a família inglesa, sustenta a tese de que o acidente foi uma fatalidade e que só não foi pior, devido à perícia do piloto.

O Juiz Henrique Veiga afirmou que, de acordo com os autos, apenas um dos pilotos tinha habilitação para conduzir a embarcação.

O agendamento de uma nova data para a realização da audiência deixou o viúvo da turista inglesa decepcionado e frustrado com a justiça brasileira. De acordo com Charles Metcalf, o atraso no julgamento só prolonga a agonia da família.

O acidente que matou a turista inglesa Gillian Metcalf, de 54 anos, aconteceu na manhã do dia 5 de setembro de 2013, no Rio Negro, nas proximidades do Porto da Ceasa. A vítima ainda chegou a ser encaminhada para o Pronto-Socorro Dr. João Lúcio, na zona Leste de Manaus, mas não resistiu aos ferimentos. O grupo de turistas chegou ao Amazonas um dia antes do ocorrido, e seguia para um hotel de selva, onde iria passar o fim de semana.

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