Apesar dos constantes apelos pela conscientização, a população da capital não colabora e, em menos de uma semana, a Prefeitura de Manaus é obrigada a repetir o trabalho de limpeza do igarapé da Cachoeira Grande, na zona Oeste da cidade. De acordo com a Secretaria Municipal da Limpeza Pública (Semulsp), o prejuízo, que acaba saindo do bolso dos próprios responsáveis pela sujeira e do contribuinte ambientalmente mais responsável, é de mais de R$ 1 milhão, por mês.
Mesmo quem já está acostumado com o lixo no igarapé da Cachoeira Grande, que passa sob a Ponte Engenheiro Lopes Braga – no bairro de São Jorge, se surpreendeu. As equipes da Semulsp haviam passado pelo local há menos de uma semana, quando retirou mais de 28 toneladas de lixo do igarapé. Tudo levava a crer que, quando os turistas que começassem a chegar para os jogos da Copa em Manaus, encontrariam o curso d’água livre do lixo.
Mas, que nada! Nesta quinta-feira (12), as águas estavam novamente tomadas pela sujeira, e as equipes da Semulsp tiveram que começar tudo de novo.
O morador vizinho ao igarapé André Ferreira de Souza reconhece que o poder público cumpriu seu papel e que são os próprios moradores que precisam fazer sua parte, para que o igarapé continue limpo.
O funcionário público José de Freitas, que há mais de 30 anos mora no bairro São Jorge, se diz constrangido com a situação.
O subsecretário da Limpeza Pública, José Rebouças, explica que o lixo é resultado da última chuva, que arrasta os resíduos jogados pela população nas águas, desde a nascente do igarapé do Mindu, na zona Leste da cidade.
De acordo com a Semulsp o trabalho de limpeza do igarapé da Cachoeira Grande vai continuar, até que todo o lixo seja retirado.
Segundo o secretário José Rebouças, mensalmente a prefeitura retira 840 toneladas de lixo dos igarapés de Manaus.
O igarapé da Cachoeira Grande passa sob a Ponte Engenheiro Lopes Braga, que liga a Avenida Constantino Néry ao bairro São Jorge, na zona Oeste, caminho para a Arena Amazônia.