A suspensão da votação, em segundo turno, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga por mais 50 anos os benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM), que estava prevista para esta quarta-feira (28), surpreendeu o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, e a bancada amazonense.
Em Brasília desde cedo para acompanhar a votação, o prefeito disse que a informação sobre a suspensão foi repassada, por telefone, pelo Ministro-Chefe da Casa Civil, Aloízio Mercadante, ao governador José Melo.
A votação da PEC chegou a ser cogitada, ainda, para a noite da terça-feira (27), mas acabou sendo transferida para quarta-feira (28), não ocorrendo, novamente.
Uma nova reunião está prevista para a próxima segunda-feira (02), na qual o prefeito espera que os esforços sejam concentrados para que a PEC seja votada.
Segundo Arthur, uma das justificativas apresentadas para a suspensão da votação foi a falta de acordo em relação à Lei de Informática, cuja prorrogação por mais dez anos é colocada condição para o apoio das bancadas que à prorrogação dos incentivos fiscais da ZFM. Para o prefeito, não existia mais nenhum empecilho que impedisse a votação.
Ele ressaltou que a bancada do Amazonas já havia entrado em consenso e acatado a proposta da prorrogação de áreas de livre comércio até 2050 e a Lei de informática até 2029, com os mesmos incentivos de 2014, que são de 80% no IPI.
O prefeito não escondeu o estado de frustração, mas garantiu que junto ao governo do Estado e os deputados, vai continuar insistindo para que a PEC seja votada e aprovada com êxito.