Após relatório que apontou irregularidades no município, MPE pede intervenção federal em Coari-AM

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As conclusões do relatório feito pela Comissão Especial que esteve em Coari, após uma revolta da população, ocorrida no dia 14 de janeiro, que terminou em quebra-quebra de prédios públicos e até incêndio de residências de políticos, foram divulgadas na manhã desta quarta-feira (04).

De acordo com o relatório do Ministério Público Estadual (MPE-AM), foi constatado que os moradores de Coari se revoltaram por causa do atraso nos pagamentos dos servidores da prefeitura e também devido à instabilidade administrativa reinante no município, que tem gerado insegurança à população da cidade.

O relatório também confirma as denúncias de crimes eleitorais e penais relacionadas a gestores públicos, além do desvio de verbas federais do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB). Segundo o MPE-AM, o dinheiro teria sido usado para fazer pagamentos alheios aos determinados pela lei.

Na opinião do Procurador Geral de Justiça, Fábio Monteiro, o crime mais grave é a constatação da estreita relação entre os poderes Executivo e Legislativo.

Nesta quinta-feira (05), a prefeitura de Coari deve pagar os salários atrasados dos servidores públicos, conforme acordo estabelecido entre o MPE-AM e a prefeitura.

O relatório de cinco volumes, contendo documentos e depoimentos, inclusive com áudios e vídeos que apontam as denúncias consideradas gravíssimas pelo Ministério Público devem ser encaminha das à justiça, e podem resultar em novas ações penais, eleitorais e de improbidade administrativa.

Para o Procurador de Justiça e chefe do Ministério Público no Estado, Públio Caio, responsável pela Comissão Especial de Investigação, Coari é hoje a cidade do medo.

Por tudo que foi constatado, o Procurador Geral afirmou que uma intervenção federal no município de Coari,  cidade que acumula uma série de denúncias contra a administração, não está descartada.

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