Após receberem policiais com hostilidade, invasores são retirados de área pertencente ao Estado, na zona Norte da capital

Duas pessoas foram presas, na manhã desta quarta-feira (03), durante o cumprimento de uma Ação de Reintegração de Posse de uma área de terra pertencente ao Governo do Estado, nas proximidades do Centro de Treinamento do o Departamento de Trânsito do Amazonas (Detran-Am), na zona Norte de Manaus. Os policiais foram recebidos com violência e tiveram de reagir com firmeza.

Um total de 400 policiais civis e militares deram apoio ao Oficial de Justiça Marcell Assunção, para o cumprimento da determinação, expedida pelo Juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública, Márcio Rothier.

A área desocupada compreende mais de 130 mil metros quadrados e havia sido invadida há cerca de um mês, por aproximadamente 200 famílias. Um dos invasores, José Souza, que alega ser indígena da etnia Satererê, questionou a ação da polícia.

A dona de casa Luciléia Martins, que também ocupava a área, desde do dia 21 de outubro, também ficou indignada em ter de deixar o local.

De acordo com o Comandante do Policiamento Especializado (CPE) da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), coronel Cleidman Coelho, no início da desocupação os policiais foram recebidos de forma hostil pelos invasores, por isso, foi necessário usar a força.

“No momento em que o Oficial de Justiça foi fazer a leitura da ordem judicial, fomos recebidos com algumas cadeiras e coquetel molotov. Houve reação, por parte dos policiais. Utilizamos agente químico e munição não letal. Com a ação de choque e controle de distúrbio, conseguimos evacuar todos os invasores do terreno, que teve sua posse reintegrada. Foram presas as pessoas que atentaram contra a segurança dos policiais, no local!”

Devido à Ação de Reintegração de Posse, a Avenida Arquiteto José Henrique, nas proximidades do Centro de Treinamento do Detran, até o bairro Monte das Oliveiras, ficou totalmente bloqueada. A pista só liberada à tarde.

Nos dois lotes invadidos, de mais de 130 mil metros quadrados, o governo pretende construir o Conjunto Residencial Viver Melhor IV. As famílias retiradas do local, que não têm para onde ir, receberam assistência social do Estado e foram cadastrados no programa habitacional do Governo do Amazonas. Os barracos que já estavam armados foram demolidos.

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