Após paralisação parcial iniciada ontem (27), policiais militares negociam reivindicações com o Governo

Os policiais militares cumprem a ameaça e antecipam a paralisação anunciada para o dia primeiro de maio. A paralisação é parcial, porque não conta com a adesão de todos os policiais. Neste momento, carca de duas a três mil pessoas, entre policiais e esposas de policiais se concentram na área da Arena Amadeu Teixeira, na zona Centro-Oeste da capital.

De acordo com as lideranças do movimento, além de aumentos dos salários, a categoria reivindica melhorias de trabalho, auxílio alimentação e adicional noturno, mas a principal reivindicação é a reformulação no sistema de promoções dos policiais. Durante toda manhã, policiais se revezaram no microfone de um trio elétrico, em discursos,  fazendo as reivindicações.

Segundo essas lideranças, policiais de outros oito municípios do Estado já teriam aderido à mobilização: Parintins, Itacoatiara, Rio Preto da Eva, Iranduba, Presidente Figueiredo, todos na Região Metropolitana, e Humaitá, na Região Sul do Estado, também teriam paralisado, na noite deste domingo, mas o Comando de Policiamento do Interior, nega as adesões.

Até o momento, a cúpula da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-AM)não se manifestou sobre a paralisação.

Segundo o comando do movimento, estão confirmadas as paralisações de homens do Batalhão de Choque, das Rondas Ustensivas Cândido Mariano (Rocam), Ronda no Bairro, Força Tática e o Grupamento de Operações Especiais (GOE).

Pelo menos até o momento, não há informações sobre ações de bandidos, como assaltos e outras anormalidades.

Pela manhã, prefeito Arthur Virgílio Neto se manifestou preocupado com a segurança da população, se colocou a disposição para ajudar nas negociações, mas alertou que a greve é inconstitucional.

O prefeito descartou prejuízos nas atividades da prefeitura e no atendimento à população.

A paralisação gera a primeira crise no governo José Melo, que, como declarou um dos policiais militares, herdou uma panela de pressão.

No final da manhã, após uma reunião com as lideranças dos manifestantes, ao invés de greve, o governador José Melo preferiu tratar a paralisação como  um movimento reivindicatório. Ele disse, ainda, que está à frente das negociações com a comissão formada pelo manifestantes e que as negociações sobre a pauta de reivindicações continua, desde que os manifestantes voltem ao trabalho.

O  governador admitiu que a Lei de Promoções, uma das principais reivindicações, precisa ser revista imediatamente. Neste momento está sendo elaborado um documento que será apresentado em assembleia dos policiais, na Arena Amadeu Teixeira.

José Melo condenou e classificou como irresponsável a rede de boatos criados por meio da internet, para assustar e gerar intranquilidade entre a população .

O governador, que tem acesso a informações privilegiadas sobre o movimento, por meio da Secretaria de Inteligência (Seai) da SSP-AM, não confirmou o envolvimento de políticos, mas admitiu que isso acontece em todos anos de eleição.

O governador descartou mudanças na cúpula da Secretaria de Estado da Segurança Pública

Ainda pela manhã, o governador José Melo anunciou que, em noventa dias, enviará um projeto de lei à assembleia legislativa do estado, atendendo parte das reivindicações dos policiais.

Toda a movimentação está sendo transmitida pela Rede Tiradentes de televisão, pelo canal 19, na net, e pela tv Esporte Interativo, no canal 20.

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