O ator viverá o maestro no cinema; filmagens começam no Carnegie Hall
Alexandre Nero e João Carlos Martins. “Por três anos não concordei com o roteiro. Sugeri algumas modificações, eles toparam e agora finalmente dei o sinal”, diz o músico (Foto: Divulgação)

De férias da TV, Alexandre Nero se prepara para seu próximo trabalho no cinema. Mês que vem o ator embarca para Nova York, onde roda as primeiras cenas do filme sobre a vida do maestro e pianista João Carlos Martins. Com produção da LC Barreto, o longa tem direção de Mauro Lima e parte da filmagens será na lendária casa de espetáculos Carnegie Hall.
Como parte da preparação para interpretar o músico, um dos maiores do mundo, que teve que lutar contra um distúrbio neurológico que o fez perder os movimentos das mãos, Nero fez aulas de piano e inglês, além de muitos papos com o maestro. Na primeira fase do filme, detalhe, João Carlos Martins será vivido porRodrigo Pandolfo.
“Por três anos não concordei com o roteiro que me foi apresentado. Sugeri algumas modificações, eles toparam e agora finalmente dei o sinal” diz o maestro, de 75 anos, que conta ainda que os problemas de saúde voltaram. “Ao todo já fiz 22 operações, tive que largar o piano e passar para a regência. Mas não desisto e, se tiver que fazer uma nova operação, farei. A música sempre vence”, afirma.

Além do filme, em agosto Alexandre Nero volta aos palcos, quando estrela o musical ‘O Grande Sucesso’. O espetáculo fica em cartaz em São Paulo, depois segue em turnê até o fim do ano por várias capitais. O curioso é que, além de atuar, Nero também atua como músico em cena. A montagem se passa em Estrela do Sul, cidade fictícia no interior do Paraná, na década de 60, onde uma banda formada por músicos amadores é convidada para abrir o show de um músico famoso, o célebre Patrick Emanuel (Nero).
Durante os desastrosos ensaios do grupo, o Maestro Malaquías os faz ver que eles são maus músicos, que não se escutam nem conseguem tocar juntos – a não ser na imaginação de cada um. Com o show se aproximando, eles precisam descobrir uma maneira de aprender a tocar bem em conjunto, além de criarem um som original. Cada membro da banda tem seu próprio objetivo e o vocalista Manolo(também Nero, em papel duplo) deseja ardentemente a fama.
Coluna Bruno Astuto / ÉPOCA