Após pressão de manifestantes, que realizaram um ato público, em frente à sede do Legislativo Estadual, na manhã desta quarta-feira (09) e pararam parte da Avenida Mário Ipiranga, na zona Centro-Sul de Manaus, protestando contra o adiamento da instalação, Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) instalou, na tarde de hoje, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia.
Após reunião, realizada no início da tarde, a portas fechadas, foram escolhidos os membros que integrarão a CPI: a Comissão terá como presidente o deputado Abdala Fraxe (PTN), relator o deputado Orlando Cidade (PTN), e membros titulares os deputados Ricardo Nicolau (PSD), Conceição Sampaio (PP) e Luís Castro (PSB).
Por ter o sogro condenado pelo mesmo crime que a CPI vai investigar, o deputado Luis Castro chegou a ter o nome vetado pelo presidente da Casa, deputado Josué Neto (PSD).
O presidente da comissão, deputado Abdala Fraxe, garantiu que o trabalho será realizado em todo o Estado, que a a CPI não terá caráter eleitoreiro, e que, até o deputado Fausto Souza (PSD), citado na Operação Estocolmo, será investigado.
Preocupados com as repercussões em ano eleitoral, em meados de março, os parlamentares tinham decidido adiar a CPI para depois das eleições, mas, após as denúncias noticiadas pelo programa ‘Fantástico’, da Rede Globo, sobre a existência de uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes que seria comandada pelo prefeito de Coari, Adail Pinheiro, a CPI voltou à pauta de discussões.
Em outra edição, o “Fantástico” voltou a veicular informações sobre a rede de exploração sexual em Manaus, e denunciou o envolvimento de empresários e do deputado estadual Fausto Souza (PSD), o que teria sido determinante para uma tomada de posição do presidente da Casa, deputado Josué Neto, pela instalação da CPI.
A primeira reunião da CPI da Pedofilia está marcada para esta quinta-feira (10).