Vão até o próximo dia 30 deste mês, com programação em 16 Unidades de Saúde, na Maternidade Moura Tapajóz e em quatro escolas, duas na área urbana e duas na área rural, as ações educativas de prevenção e combate à sífilis congênita, com oferta do teste rápido para sífilis. O trabalho está sedo desenvolvido desde o último dia 21, pela Secretaria Municipal da Saúde (Semsa).
A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum, e pode ser transmitida de uma pessoa para outra, durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado, ou da mãe infectada para o bebê, durante a gestação ou o parto.
Sífilis congênita
De acordo com a chefe do núcleo de controle da DST/Aids da Semsa, Adriana Raquel, a sífilis congênita é uma das principais preocupações dos profissionais de saúde, no que se refere ao cuidado em saúde no pré-natal, já que pode ser transmitida durante a gestação.
Até o dia 30 de outubro, a Semsa pretende realizar 1.500 testes rápidos para a sífilis, determinando o diagnóstico em aproximadamente 15 minutos.
Os exames estão sendo ofertados para a população em geral, com o objetivo de promover a detecção precoce da doença. Também está sendo feita a distribuição de material informativo para a prevenção, além de distribuição de preservativos masculinos e femininos. Nas escolas, estão sendo realizadas palestras educativas.
Teste rápido
Para combater a sífilis congênita, a Prefeitura de Manaus iniciou este ano a implantação da oferta do teste rápido para o diagnóstico da sífilis nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), principalmente para aplicação durante a consulta do pré-natal das mulheres grávidas, evitando a chamada transmissão vertical da sífilis, da mãe para o bebê, durante a gestação ou o parto.
Adriana Raquel informa que o teste rápido para a sífilis já foi implantado em 27 Unidades de Saúde do município de Manaus. Com isso, é possível fazer o diagnóstico no momento da primeira consulta do pré-natal, reduzindo as chances da criança apresentar seqüelas ocasionadas pela doença.
As demais Unidades de Saúde realizam o exame tradicional de sorologia, que determina o resultado em um período de 15 a 30 dias.
A Rede Municipal de Saúde registrou, de janeiro a setembro de 2013, 182 casos notificados em adultos, 196 casos de sífilis em gestante e 90 casos de sífilis congênita.
Os primeiros sintomas da sífilis são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam prurido (pus).
Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz, mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo, inclusive mãos e pés, e haver queda dos cabelos.
Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas também desaparecem, dando a ideia de melhora. A doença pode ficar estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte.
O dia nacional de combate à doença foi lembrado no último dia 21 de outubro.