Atuando na garantida da defesa de direitos humanos durante o mundial, com especial atenção ao enfrentamento do trabalho infantil, exploração sexual e abuso de crianças e adolescentes, profissionais da Secretaria Municipal da Saúde (Semsa) estão realizando abordagem psicossocial, durante a FIFA Fan Fest, no complexo turístico da Ponta Negra e no Largo São Sebastião.
O trabalho está sendo desenvolvimento em parceria com a Secretaria Municipal da Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh) e demais entidades que compõem o Comitê Local Integrado Pró-Copa.
A gerente da Rede de Atenção Psicossocial da Semsa, Efthimia Haidos, explica que a ação é desenvolvida para a proteção da saúde de crianças e adolescentes, incluindo a prevenção à exploração sexual e ao trabalho infantil. Ressaltou ainda, que também estão sendo feitas abordagens junto às mães sobre os cuidados com a saúde das crianças durante o evento e distribuição de material educativo.
Além do Complexo Turístico Ponta Negra, onde o comitê tem uma base de apoio, suas equipes estão atuando em todos os locais onde existe aglomeração de torcedores e existe o risco de exploração sexual de crianças e adolescentes.
Os resultados parciais do trabalho do comitê na quarta-feira, 18 de junho, apontam quatro adolescentes com malabares encontrados nas ruas da cidade, uma situação de negligencia no Largo São Sebastão, onde os pais foram orientados a não descuidarem dos filhos em eventos deste porte, e uma situação de trabalho infantil, um adolescente de 13 anos cuidando de carros no conjunto Eldorado, que foi encaminhado ao Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e levado até sua casa, onde sua mãe foi orientada a não mais permitir ou incentivar o trabalho infantil.
Na última terça-feira (17), no jogo da seleção brasileira contra o México, foram identificadas 18 ocorrências em toda a cidade envolvendo crianças e adolescentes.
Destas, uma criança foi encontrada em situação de negligência (sem a companhia de um adulto capaz de responder por ela), quatro ocorrências de trabalho infantil (duas crianças e dois adolescentes cuidando de carros, vendendo balas e com malabares em sinas), três casos de criança perdidas, encontradas pelas equipes do Comitê na Ponta Negra ou levadas pelo Corpo de Bombeiros, quatro casos adolescentes alcoolizados e duas adolescentes em vulnerabilidade social, e dois casos de crianças desaparecidas, que foram encontradas pelas equipes no local com apoio do corpo de bombeiros e polícia.
Todos os casos foram registrados para posterior acompanhamento pelos CRAS, Centros de Referência especializada em Assistência Social (CREAS) e Conselheiros Tutelares, e posteriormente entregues a seus responsáveis, após orientação sobre os riscos a que as crianças e adolescentes estão sujeitos.