Não faz muito tempo. O charmoso Largo do Mestre Chico foi inaugurado no dia 22 de março de 2010. A data está registrada em uma placa metálica, no local.
Passados pouco mais de três anos, por falta de manutenção e cuidados, o parque encontra-se degradado e com muito lixo acumulado. As trancas das janelas sumiram e as lixeiras foram destruídas.
Nos banheiros, a situação é muito pior. Além do mau cheiro, os vasos e as divisórias também foram destruídos pelo vândalos. Os pontos que deveriam funcionar como lanchonetes estão todos pichados. Em um deles, todas as Janelas de vidro foram riscadas.
Os aparelhos para musculação estão quebrados. Uma das quadras de areia está sem a menor condição de uso. Na pista de ciclismo, o piso está cedendo. No igarapé, até uma geladeira foi jogada. O muro está caindo e, para piorar, o mato está tomando conta do local.
A ausência de vigilância gerou insegurança para os moradores do entorno. O posto policial está destruído. A situação fica pior à noite. Todas as luminárias estão quebradas. Uma delas foi arrancada.
O dia de chuva ressalta o estado de abandono do Largo, localizado entre os bairros Cachoeirinha, na zona Centro-Sul, e Educandos, na zona Sul. Os moradores denunciam a situação.
Um dos frequentadores mais assíduos do Largo, o militar da reserva da aeronáutica Carlos Ribeiro da Costa se manifesta triste e indignado com a atual realidade do local.
A Rede Tiradentes tentou contato com a coordenação do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), responsável pelo espaço, para falar sobre o assunto, mas não obteve sucesso.
O estado de abandono a que está exposta essa bonita obra já chegou a um limite e os moradores, que por meio dos impostos garantem a manutenção de todos os logradouros públicos da cidade, têm razão de fazer a cobrança, principalmente num ano de eleições e de Copa do Mundo. Espera-se uma decisão sobre a responsabilidade dos cuidados com o Mestre Chico – Estado ou Prefeitura – que deve ser tomada o quanto antes, não apenas por causa da Copa ou das eleições, mas em respeito ao cidadão e ao contribuinte.