O ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT) criticou, nesta sexta-feira (29), em Manaus, o “lulismo” e o “bolsonarismo fanáticos” e disse que os dois são prejudiciais para o país.
Em Manaus para receber o título de Cidadão do Amazonas, que será conferido pela Assembléia Legislativa do Estado(Aleam) e cumprir uma extensa agenda, o presidenciável reafirmou, em entrevista à à Rede Tiradentes, a importância da defesa da Zona Franca de Manaus (ZFM). Ex- ministro da economia que ajudou na implantação do Plano Real, Ciro Gomes afirmou, no estilo polêmico de sempre, que, com receio da política econômica do novo governo, R$ 33 bilhões de dólares “fugiram do país”, prejudicando ainda mais a combalida economia brasileira.
Falando sobre o fim da prisão em 2ª instância, que acabou beneficiando o ex-presidente Lula (PT), Ciro Gomes afirmou que “não faz bem a um país um ex-presidente preso” e criticou a ação do ex-juiz Sérgio Moro, acusado de trabalhar alinhado ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) para ganhar mais tarde o cargo de ministro da Justiça.
Ele criticou a “elite esperta” eleita para o Congresso Nacional, que, segundo ele, criou uma justiça com 4 graus de jurisdição para os crimes, comuns com objetivos que só interessam ao “baronato”. O pedetista defendeu que “é preciso corrigir as mudanças no Supremo.”
Procurando explicar porque ainda não conseguiu chegar à presidência, disse que a “elite” fez um discurso sobre temperamento dele, que não condiz com a realidade, influenciando o eleitor. “Isso é um invenção do baronato que não conseguiu comprovar que eu roubei, com o objetivo de dificultar a minha candidatura!”, disse.
Fazendo um balanço do atual quadro na economia, o presidenciável disse que, para os mais pobres, é impossível sobreviver com R$ 413,00, como tentou impingir o governo, e isso acaba gerando reflexos em todos os outros campos da vida nacional, não epenas na economia, mas inclusive na segurança pública.
Para Ciro Gomes, a sociedade brasileira deve procurar um equilíbrio para poder evitar os tempos difíceis que são anunciados frequentemente por membros do atual governo.
Finalizando, afirmou que o PDT vai ter candidato próprio à prefeitura de Manaus e que o ex-deputado, ex-secretário e ex-prefeiturável Hissa Abrahão pode ser uma alternativa do partido nas próximas eleições municipais.
Sobre o título que receberá da Aleam, Ciro Gomes afirmou que é “uma honra especialíssima”. A agenda do presidenciável prossegue após a cerimônia na Casa legislativa. Ele vai ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) conversar com 66 cientistas sobre as alternativas para a Região e, em seguida, participa de um “bate-papo” sobre economia com os empresários locais, no Clube de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDLM).