Viajantes criticam situação do Terminal Rodoviário Huascar Angelim

Quem chega a Manaus de ônibus, pela BR 174 ou pela AM 010, tem muito que criticar. Sujeira, abandono e a falta de conforto são as principais queixas dos viajantes, que chegam pelo Terminal Rodoviário Huascar Angelim, situado no bairro de Flores, zona Norte da capital.

O terminal rodoviário de Manaus recebe todos os dias pessoas que vem de municípios vizinhos como Itacoatiara, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo. Também de estados próximos como Roraima e até de países como a Venezuela.

rodoviária

As pessoas que aguardam para viajar, reclamam da falta de condições mínimas para uma boa viagem, além da falta de providência do poder público. A administradora Valdirene Souza Brito, vem a Manaus ao menos duas vezes por mês para um tratamento médico. Ela tem um grave problema na perna. Quando vem para as consultas de rotina, dona Valdirene fica apenas um dia em Manaus. Ela afirma que sofre com o desconforto no terminal. ” Não tenho onde ficar e quando preciso ficar mais tempo em Manaus, fico mais de sete horas sentada no terminal. O lugar é quente, escuro e não tem o mínimo de infraestrutura. O banheiro tem cheiro fétido e ainda cobram R$0,50 para nos deixarem usar. O viajante não tem o mínimo de conforto.”

Além de todos os problemas já citados, o prédio do terminal rodoviário amazonense serve de abrigo para moradores de rua. Para dona Valdirene, o terminal da capital que foi sub-sede da Copa do Mundo deixa muito a desejar.  “É decepcionante! Uma cidade como Manaus, que é muito mais desenvolvida que Boa Vista, poderia oferecer um terminal mais confortável para quem vem de fora.
Na minha cidade, a rodoviária é limpa, iluminada, cheira bem, é agradável e dá gosto de ficar aguardando o ônibus.”, desabafa.

No último dia 27 de fevereiro foi realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa com vários órgãos para discutir possíveis melhorias no terminal, mas nada foi definido de concreto.

De um lado, o município alega que não tem mais responsabilidade sobre a estrutura e, inclusive, entregou as chaves do prédio após retirar itens que pertencia ao patrimônio municipal. Do outro, o Estado não assumiu oficialmente a responsabilidade, apesar de ter feito uma reforma às pressas no prédio 11 dias antes do início da Copa do Mundo, quando Manaus foi uma das subsedes do Mundial.

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