O ciúme excessivo na relação amorosa não só causa tensões e aborrecimentos à toa, como leva a um comportamento muito prejudicial à felicidade do casal: a tentativa de controlar cada passo, ação e até pensamento do outro.

Devido ao medo de ser enganado ou deixado, o ciumento passa a enxergar qualquer expressão de individualidade do parceiro como uma ameaça. Da mesma forma, não suporta a ideia de que a sexualidade do outro não exista unicamente dentro da relação.

É possível, sim, sentir atração física por outra pessoa, gostar de ver conteúdo erótico e ter vontade de se masturbar mesmo estando em um relacionamento sério.

Veja a seguir as principais neuras que muitos têm no relacionamento mas que não significam, por si só, quebra da fidelidade:

É traição…

Assistir pornografia?

ANDREY_POPOV/SHUTTERSTCOK

 Caso a prática não provoque desinteresse ou afastamento entre o casal, não há com o que se preocupar e muito menos julgar como traição. O prazer que sentimos com a autoexcitação é bem diferente daquele que temos a dois e, na verdade, é saudável exercer os dois.

Ao invés de se brigar com o seu par, procure assistir a um filme junto com ele(a). Pode ser a deixa que faltava para que os dois se sintam mais seguros em falar sobre sexo e fantasias sexuais.

Achar outra pessoa atraente?

Se a situação se limita somente à troca de olhares, sem nenhuma real intenção de ter qualquer tipo de envolvimento com a pessoa, qual é o problema? Trata-se de uma paquera inocente, que não só eleva a autoestima de quem pratica como serve como combustível para impulsionar a libido do casal, principalmente para aqueles que estão em uma relação longa.

Sair sem o(a) companheiro(a)?

FRANCKREPORTER/ISTOCK

 Sair desacompanhado costuma ser motivo de muitas brigas entre indivíduos controladores e inseguros, que encaram a liberdade como ameaça para a fidelidade. As possíveis tentações, no entanto, são sempre piores na cabeça do ciumento do que são na realidade. Além disso, é uma ilusão pensar que é possível controlar sempre onde e com quem seu par está.

O sentimento de controle e obrigatoriedade de estar sempre juntos pode trazer problemas graves a longo tempo, como a perda da individualidade de uma – ou das duas – partes, tornando a relação sufocante e afastando o(a) parceiro(a) de atividades e pessoas que aprecia.

Manter contato com o(a) ex?

Ex-namorados não devem ser vistos como uma ameaça, pelo contrário. Uma pessoa que foi durante meses ou anos tão íntimo de alguém nunca será um completo desconhecido. É preciso deixar inseguranças de lado e levar a situação com maturidade. Obviamente, as intenções dos envolvidos devem ser consideradas e avaliadas pelo casal, para não se tornar motivo de ciúmes à toa.

O contato deve ser ainda mais próximo se houver filhos, e aceitar o isso é uma obrigação. Filhos não podem jamais ser penalizados pelas relações de seus pais.

Curtir fotos nas redes sociais?

PIXINOO/SHUTTERSTOCK

 De fato, é possível que uma curtida ou comentário esteja repleto de segundas intenções. As interações digitais são o modo mais comum de paquera atualmente. Mas, vale ressaltar que as redes sociais são, sobretudo, voltadas para conectar pessoas e interesses e, às vezes, uma curtida é só uma curtida.

Antes de brigar, é necessário analisar bem os interesses e intenções do par. Caso contrário, a discussão só irá proporcionar desgaste e evidenciar a insegurança da outra parte.

Ter sonhos eróticos com terceiros?

Uma noite de sonhos eróticos, a princípio, não indica nenhuma irregularidade no relacionamento. “É perfeitamente normal liberar alguma repressões do dia durante o sono profundo”, explica a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello.

Segundo ela, o casal pode aproveitar os sonhos para evidenciar desejos e fantasias para colocarem em prática juntos. Além disso, o sonho geralmente exprime de forma distorcida e simbólica aquilo que está no subconsciente e, portanto, sonhar que está transando com alguém não necessariamente significa que exista este desejo na vida real. Não há porque se sentir ameaçado(a).