Coari nunca prestou contas de forma correta, afirma presidente do TCE-AM

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O município de Coari nunca prestou contas da forma correta e as prefeituras do Interior do Amazonas insistem em  desrespeitar prazos definidos para a entrega das prestações de contas. Foi o que disse, nesta quinta-feira (12), em entrevista à Tiradentes News, o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), Josué Filho, que confirmou o recebimento das contas até o final de março.

“Essa é uma história daquelas de tentar perseguir talvez aquilo que nunca conseguiremos, mas vamos continuar perseguindo. No ano passado, conseguimos 100% de entrega das Câmaras. Já nas Prefeituras, não! Nove não entregaram no prazo e o índice foi de 85%, ou seja, uma inadimplência de 15%. Na (administração) indireta do Estado, tivemos 100%, e nas previdências, também 100%!”

Indagado sobre as causas da crise em Coari, o presidente do TCE-AM disse que o maior problema do município é o que para muita gente é solução: muito dinheiro.

Josué Filho fez questão de destacar o braço social do TCE-AM. “Onde está o dinheiro, está o safado, o ladrão, tá o jogador. Você vê o caso da Petrobras? Por que não roubar uma empresa pequena?? Porque não tem dinheiro! Em relação a Coari, o TCE-AM não aprovou nenhum conta. Não tem nenhuma aprovada! O Tribunal fez sua parte! Mandou os administradores todos, não apenas o mais ‘famoso’ (o ex-prefeito Adail Pinheiro), mas todos eles para Justiça Eleitoral! Cabe ao Ministério Público Federal (MPF) tomar providências. O Tribunal não tem autonomia para ir ‘além do além!’ O que podemos fazer é remeter os que não tinham ‘ficha limpa’ ao MP, porque todos tiveram suas contas reprovadas em último recurso. O Tribunal tem muito recurso!”, critica.

Josué Filho destacou a importância da postura didática do TCE-AM, para os administradores de todo o Estado.

“Viemos com a formação de filho do Josué (Claudio de Souza), parlamentar, viajei todos os municípios do Interior do Estado, quando perdi a  eleição para o Governo, então, sabemos da situação! Tínhamos que ser professorais, didáticos, pedagógicos. Ensinar para cobrar e, se necessário, reprovar! O que não estava certo, era o Tribunal não ter essa função!”

O presidente do TCE-AM reafirmou o fim do prazo em 31 de março e alertou para o risco de multas. “Em primeiro lugar, entra uma multa por atraso, de mil e ‘poucos’ reais ao ao mês, mas, se atrasar muito, fica caro. Mil ‘e tal’ pode ser muito pouco Manaus, Manicoré, Maués, Macapuru, Coari, mas para Pauini já é dinheiro!”

Você pode acompanhar a,  entrevista, completa, do presidente do TCE-AM, Josué Filho – como todos sabem, sempre uma muito boa entrevista – nas reprises do “Manhã de Notícias”, na programação da TV Tiradentes, no Canal 19, na NET, e no Canal 20, na TV aberta.

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