O funcionário público Jônathas Almeida foi o entrevistado desta quarta-feira (16), na série da Rede Tiradentes com os candidatos ao Senado, pelo Amazonas. Integrante do Partido da Mobilização Nacional (PMN), o itacoatiarense Jônathas Almeida, que já foi candidato a deputado federal Constituinte, em 1988, se define com um homem de grandes desafios.
“Em frente a Itacoatiara, tem o grande Rio Amazonas, onde também é grande a correnteza, e eu, durante muito tempo, atravessei aquela área em uma canoa, com meu pai, carregando juta, então, quem aceitou esse desafio tão grande, não tem nada a temer, a não ser Deus! Então, estamos aqui substituindo o nosso candidato, o Dr. Anwar Samad, que desistiu por questões de ordem pessoal. Como sou uma pessoa de partido e acompanho o nosso candidato ao governo, Marco Antônio Chico Preto, pelo seu dinamismo, sua inteligência, sua postura e capacidade de ousar, estou nesse grande desafio, nessa epopeia!”
Falando sobre a discussão entre fiscais e técnicos a respeito da prerrogativa de lançamento do Crédito Tributário, o candidato, que é servidor da Secretaria da Fazenda do Amazonas (SEFAZ), preferiu ser conciliador.
“No Brasil, hoje, o grande poder econômico se apropriou da máquina de fazer leis, e o poder econômico se sobrepõe à vontade popular, então, eu, eleito para o Senado, temos que pensar no conjunto da sociedade, naquilo que é melhor para o Estado. Nós temos que saber separar a luta corporativista. Existe a luta corporativista que é saudável, que beneficia a instituição, mas existe, também, aquele de grupos que brigam entre si e que acabam levando a uma situação de estagnação, não só do ponto de vista político, como também econômico e financeiro. Mas, como cidadão e como funcionário da Secretaria de Estado da Fazenda, há 28 anos, defendo que a Lei Orgânica da Administração Tributária traga o compartilhamento desse lançamento para o bem e para a pacificação dos servidores fazendários de todo o Brasil!”
Jônathas Almeida defendeu uma urgente reforma política e eleições gerais. “O Brasil começou, na verdade, agora, em junho de 2013, quando houve aquela grande mobilização, em que o povo mostrou que está insatisfeito com os mesmos políticos, mesmas desculpas, sem apresentar solução! Precisamos eliminar o comodismo e a preguiça mental. Precisamos pensar! Temos um processo seríssimo neste país, que é questão da reeleição! O político se elege pensando na próxima eleição para o novo cargo e isso faz com que o Brasil seja a pátria da eleição e não de desenvolvimento. Temos uma eleição a cada dois anos. Precisamos propor uma eleição geral, de vereador a presidente da república, e precisamos urgentemente de uma reforma política. que impedem as mudanças, neste país!
De acordo com o candidato, os políticos falharam com que os elegeram e as reformas estão estagnadas, no Congresso Nacional. “Exatamente, porque criaram , ao longo dos séculos ferramentas que impedem as mudanças nesse país. O plebiscito, por exemplo, é algo importante para sacudir a sociedade e fazer o povo brasileiro repensar esse modelo que já se esgotou! Tanto é que, a reforma tributária, por exemplo, entra governo sai governo, e a reforma tributária não saiu até hoje! Do mesmo jeito, a reforma política, a reforma urbana. O país está estagnado, por falta de políticos competentes.”
Criticando o poder econômico nas eleições, Jônathas Almeida acusou um dos principais grupos políticos do Estado de cooptar uma liderança política do Partido do Trabalhadores (PT) – o deputado federal Francisco Praciano – que abdicou dos seus princípios, para ser candidato ao Senado. “Sem querer criar polêmica com ninguém, o que fizeram os grupos políticos do senador Eduardo Braga – que é um grande empresário – e a família Garcia, representada pela deputada Rebecca Garcia? Cooptaram uma pessoa que tinha uma certa reputação política junto à sociedade, que vai acabar fortalecendo esse grupo político!”
Segundo Jônathas Almeida, a candidatura dele é de oposição aos candidatos José Melo (PROS)e Eduardo Braga (PMDB). “Fazemos uma oposição do ponto de vista de que é necessário abrir um debate decente, coerente e respeitoso, na defesa do que é melhor para o Amazonas!”
O candidato do PMN ao Senado faz coro com outros candidatos majoritários, e defende projetos alternativos à Zona Franca de Manaus (ZFM), para garantir a continuação do desenvolvimento do Amazonas.
“Fico feliz por termos uma Zona Franca, como modelo econômico, mas me preocupa muito. Quando se fala em Zona Franca, me vem à cabeça Detroit, nos Estados Unidos, com mil indústrias de fabricação de carros, que, de repente, desabou! É o caos urbano e social! Então você tem a ZFM como uma grande âncora, segurando a nossa economia, mas na hora que der um vento na economias mundial, acabou!Temos que ter projetos alternativos para o Amazonas. Temos que desenvolver o turismo, a piscicultura, a biotecnologia e agora, temos uma proposta que, lá, é uma proposta revolucionária , que a a Universidade de Software, porque, se não, vamos acabar importando recusos humanos e conhecimento. A ZFM nos trouxe tecnologia, incentivos ficais e ajudou a desenvolver, mas, a borracha é um exemplo! Se não tivermos capacidade de desenvolver projetos alternativos, como os recursos naturais, então, vamos ficar numa situação muito difícil e dependentes!”.
Você pode acompanhar a entrevista completa do candidato do PMN ao Senado, Jônathas Almeida, nas reprises do programa “Manhã de Notícias”, na programação da TV Tiradentes.