Com informações de Marcos Pontes
22/01/13 – Usuários do sistema público de saúde do município denunciaram, nesta terça-feira (22), o serviço prestado à população na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Santo Antônio, localizada no bairro, na zona Norte da capital.
De acordo com as reclamações, por três dias seguidos, pessoas que precisam marcar consultas na unidade são impedidas, por conta de problemas no sistema. Uma usuária, que pediu para não se identificar, conta que para conseguir uma consulta com o médico, é um sacrifício. “P’ra você consultar, 9h da manhã e 3 da tarde, tem de pegar ficha. Não está certo! “
Uma mulher, que também preferiu manter o nome em sigilo, disse que alguns funcionários estão priorizando o atendimento de pessoas conhecidas deles, em detrimento dos usuários que aguardam nas filas.
“Desde antes das seis, eu tô aqui no posto. Aí tem prioridade p’ra idoso, eles colocam os amigos deles. Aí, quando chega a nossa vez, não tem ninguém. Não tem mais vaga p’ra nada. Agora, não tem, não tem. Volte amanhã!”
Um homem que se identificou como Fábio conta que não consegue marcar consulta há três dias. “Cheguei aqui às 6h, e não consegui fazer uma marcação de exame. Tinha 20 pessoas na minha frente. Diz que agora, é o sistema, que é o ‘sistema’, que é ‘on line’, que cai, que levanta. Hoje, novamente, eu vim aqui cêdo, e não consaegui marcar. E aí fica aleatoriamente. Quando as pessoas chegam para marcar o exame, já dizem que não tem mais. Os outros postos, como o posto da Glória, marcam direto. O ‘Homero de Miranda Leão’, marca direto. A marcação vai das sete da manhã, até as nove da noite. O que é que está acontecendo? Por que é que esse posto é diferente dos outros? A diretora não dá uma informação concreta. Só diz que é o sistema, é o sistema. Que sistema é esse?”
Por meio de nota, a Secretaria Municipal da Saúde (Semsa) informou que a UBS Santo Antônio está fazendo o agendamento de consultas normalmente, pelo Sistema de Regulação (Sisreg), no entanto, a demanda de pacientes é superior à atual capacidade de atendimento da unidade.
De acordo com a Semsa, como este é um problema identificado em várias outras unidades, a secretaria deu início, nos primeiros dias de janeiro, a um estudo de demanda que vai servir de base para o redimensionamento da oferta de serviços públicos de saúde na rede municipal.