O agente penitenciário identificado como Alexandro Rodrigues Galvão, de 37 anos, foi morto a golpes de estoque – arma caseira feita pelos próprios detentos -, na manhã deste sábado (1/12), dentro do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no km 8 da BR 174, rodovia federal que liga Manaus a Boa Vista-RR.
Rendido por um dos detentos antes do agente fechar o portão de acesso à convivência e golpeado várias vezes. O crime teria sido uma reação do interno aos procedimentos de revistas dos visitantes.
Após o ataque, o agente penitenciário ainda chegou a ser levado para ao Hospital da Zona Norte, na Avenida Torquarto Tapajós, mas não resistiu aos ferimentos.
O Compaj tem capacidade para abrigar até 454 presos, mas está superlotado.
Por meio de Nota, a empresa responsável pela administração do presídio
Manaus, 01/12/18 – A Umanizzare Gestão Prisional confirma, com profundo pesar, fatalidade ocorrida na tarde deste sábado, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim que levou à morte um agente de ressocialização que estava em serviço.
A empresa, neste momento, presta toda assistência à família da vitima, cujo nome não será divulgado, tanto por uma política de segurança da Umanizzare, quanto para não atrapalhar as investigações que já estão sendo conduzidas pelas forças de segurança.
A Umanizzare ressalta ainda que o ato foi isolado e que a unidade prisional está sob controle e, neste momento com reforço policial. A empresa acrescenta, também, que irá colaborar com todo o processo de averiguação feito pela Secretaria de Segurança e pela polícia:
A direção e todos os seus colaboradores se solidarizam com a dor dos familiares, amigos e de todos que conviveram com o agente nas esferas profissional e pessoal. E deseja que Deus conforte a todos.
A Secretaria da Administração Penitenciária (Seap) também se manifestou por meio de Nota:
NOTA SEAP – Compaj
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informa que, por volta das 12h20, deste sábado (1º/11), o agente penitenciário Alexandro Rodrigues Galvão, 37 anos, foi ferido com um golpe no pescoço proveniente de um estoque (barra de ferro pontiaguda). O agente ainda chegou a ser encaminhado ao Hospital da Zona Norte, mas não resistiu aos ferimentos. O agente pertencia ao quadro funcional da empresa Umanizzare e entrou para o Sistema Penitenciário há três anos.
O incidente ocorreu durante o horário de visita aos internos do pavilhão 3 do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). Conforme apurado pelas imagens do circuito integrado, Alexandro foi rendido por um interno antes de fechar o portão de acesso à área de convivência e, em seguida, recebeu as estocadas. O crime teria sido praticado em retaliação aos procedimentos de revistas dos visitantes, uma vez que, nas últimas semanas, diversos materiais ilícitos foram apreendidos no Compaj.
A Seap informa que 12 internos suspeitos de participação no crime foram encaminhados ao 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP) para que os fatos sejam apurados. Por medida de segurança, a Seap reforçou a monitoria dentro do presídio e também suspendeu a visitação aos presos de amanhã (domingo, 2/12).
Policial Militar morto na zona Leste
Também pela manhã, o Cabo da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM) Heverton Freitas, de 28 anos, foi morto com nove facadas, na madrugada deste sábado (1º), no bairro São José 3, zona Leste de Manaus.
De acordo com a polícia, o crime ocorreu por volta das 00h30, quando o militar, lotado na 30ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), bebia com amigos, sentado na frente da própria residência.
O Cabo teria discutido com um homem identificado como Alysson Queiroz, que, durante a discussão, desferiu vários facadas contra contra o policial.
Os golpes acertaram o pescoço e tórax do militar, que chegou a ser levado para atendimento no Hospital e Pronto Socorro (HPS) Dr. João Lúcio, na zona Leste da capital, onde não resistiu aos ferimentos. O óbito foi confirmado pela manhã.
Segundo a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), o agressor era vizinho do policial. Após o ataque, ele fugiu não foi localizado até o momento.
O corpo removido pelo Instituto Médico Legal (IML). O crime vai ser investigado pela DEHS.