Um ano, depois da tragédia, dono da caçamba que matou 16 pessoas na Djalma Batista não foi nem mesmo notificado pela Justiça

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Passado um ano do acidente que matou 16 pessoas e deixou outras 15 feridas, no dia 28 de março de 2014, na Avenida Djalma Batista, em Manaus, o principal réu no processo, o consórcio Manaus Etacom, dono da caçamba que provou o acidente, ainda não foi nem mesmo notificado pela Justiça e muitas vítimas ainda não receberam as indenizações a que têm direito .

De acordo com a advogada das famílias de quatro das vítimas, Anne Louise Ventura da Silva, embora a empresa continue prestando serviço para prefeitura de Manaus – no endereço onde deveria funcionar o escritório do consórcio, o prédio está fechado e não há ninguém para receber a notificação da Justiça. Por causa disso, o processo não pode começar a tramitar. Está parado, ainda fase inicial. Enquanto o processo judicial não avança, um ano depois, nas vidas das famílias das vítimas, a tristeza pela perda é ainda maior.

Rosângela Cunha Moraes, mãe de Robert Moraes, de 26 anos, que dirigia o microônibus do transporte executivo que foi atingido pela caçamba que vinha pela Djalma Batista e invadiu a contramão da avenida, diz que além da saudade, o que a mais faz sofrer é impunidade. Ela lamenta que a tragédia não tenha servido de exemplo para conscientizar quem age de forma irresponsável no trânsito.

Diovane Monteiro de Souza, que perdeu o pai, Domingos Messias de Souza, também lamenta que pouca coisa tenha mudado, depois do acidente.

Priscila Fonseca de Araújo, filha de outra vítima, Sebastião de Araújo, que deixou órfãos outros cinco filhos e também quatro netos, reclama da falta de apoio da prefeitura de Manaus.

Neste sábado, a prefeitura da capital, as famílias das vítimas e os sobreviventes do acidente com o microônibus da linha 825 participaram de eventos para marcar a data. Foram depositadas flores e velas no local do acidente e também realizado um culto ecumênico no viaduto, que recebeu o nome de 28 de março, justamente para homenagear as vítimas.

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