Tuberculose: Amazonas registra quatro novos casos por dia. Ministério da Saúde quer reduzir incidência da doença

A tuberculose é uma doença milenar provocada por uma bactéria que atinge principalmente os pulmões. Atualmente, é a doença que mais mata no mundo.

Cape Town, South Africa

No Amazonas, segundo dados apresentados no II Simpósio Estadual em referência ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, quatro novos casos da doença são registrados em média, por dia. Segundo o Programa Estadual de Controle da Tuberculose, de janeiro a março deste ano, mais de 300 casos foram diagnosticados no Estado.

O Amazonas registra a maior taxa da doença no País. São 70,6 casos por 100 mil habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (com 61, 7 casos por 100 mil). Manaus concentra 79% dos casos e Parintins, no Interior, é o segundo município com maior incidência.

No ano passado, 160 pessoas morreram vítimas da doença em pleno tratamento. Os homens entre os 20 a 40 anos são os mais atingidos pela enfermidade, segundo a  coordenação do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, ligado à Secretaria de Estado da Saúde (Susam).

Segundo a coordenação, a taxa expressiva de novos casos, duas vezes maior que a média do país (37 infectados por 100 mil), está associada aos níveis de pobreza, desnutrição, alcoolismo, drogas, diabetes e também aos altos níveis de infecção por HIV.

O diretor-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), Bernardino Albuquerque, afirma que outro ponto que eleva o número de infectados e de mortes pela doença é o abandono do tratamento antes da cura. Segundo ele, a taxa de óbitos no Amazonas é de 10%, considerada alta pela FVS, enquanto a média nacional registrada é de 7%.

O Brasil é responsável por um terço dos casos de tuberculose registrados nas Américas. Por isso, o governo brasileiro assumiu compromisso com a Organização Mundial da Saúde, para reduzir a incidência da tuberculose na população, conforme detalha a coordenadora do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, Denise Arakaki.

“A tuberculose ainda é um grave problema de saúde pública no mundo e no Brasil. A nossa incidência hoje é de em torno de 32 casos por 100 mil habitantes e a gente tem os próximos 18 anos para reduzir esse o número para 10 casos por 100 mil habitantes. A notícia boa é que nos últimos 20 anos o Brasil vem diminuindo esse número de casos de tuberculose”.

Denise Arakaki também explica como a tuberculose é transmitida.

“A tuberculose é passada de uma pessoa que está doente para uma pessoa que está sadia através da fala, da tosse e do espirro. E ela acomete, principalmente, a partir de um indivíduo doente, as pessoas que estão próximas ao seu convívio. Seja na sua casa ou no seu ambiente de trabalho”.

O principal sintoma da tuberculose é a tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro. Qualquer pessoa com esse sintoma deve procurar uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico. O Ministério da Saúde também lançou uma campanha que diz “todos juntos podemos vencer a tuberculose”. O objetivo é chamar a atenção de profissionais de saúde, familiares e amigos de pacientes com tuberculose para serem solidários e ajudarem essas pessoas a fazerem o tratamento completo contra a doença. Para saber mais acesse www.saude.gov.br.

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