Terremoto ocorrido no Amazonas foi de baixa magnitude, diz especialista

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O terremoto que atingiu o Interior do Amazonas, na divisa com o Estado Acre, próximo ao Peru, na noite desta terça-feira (25) – de 4,6 graus na escala internacional Richter – não causou estragos na cidade mais próxima do epicentro – Cruzeiro do Sul.

Pela manhã, o especialista do Serviço Geológico do Brasil – Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM), Reneé Luzardo, explicou que o terremoto foi de foi de magnitude média.

“Foi um terremoto de magnitude média, de profundidade muito grande, resultante da movimentação tectônica entre as placas Sul Americana e a placa de Nazca, que ocorre no Pacífico (oceano ). A placa de Nazca vai de encontro da placa Sul Americana e mergulha sobre o continente, e esse atrito gera essa energia, que é dissipada, sob a forma de tremores na crosta.”

De acordo com o geólogo, não há nenhuma informação sobre quaisquer danos, à população de Cruzeiro do Sul. “Não há informações a respeito de transtornos gerados à população. Essas cidades, em geral, são de porte muito pequeno. As construções não geram riscos. Geralmente, esses sismos moderados ou fracos são sentidos em locais altos, cidades que têm arranha céus. No arranha céu, as pessoas percebem a movimentação – aquilo que a gente chama de ‘efeito antena’. Na parte alta, ele oscila. Nesses locais, como todas as construções são baixas, geralmente de madeira e alvenaria, não há registro de destruição. Felizmente, não é?”

Segundo Raneé Luzardo, apesar de quase imperceptíveis, os terremotos são mais comuns, próximos a Manaus, do que se imagina, por causa dos grandes volumes de água, no entorno da capital. “Existem terremotos próximos a Manaus, provocados pelo próprio peso da água de Balbina (hidrelétrica). Grandes reservatórios de água podem gerar peso sobre a crosta, e esse peso, pode induzir a terremotos. Mas são terremotos fracos e localizados, quase imperceptíveis para o ser humano.”

Conforme Luzardo, o Serviço Geológico do Brasil trabalha apenas a partir dos efeitos dos terremotos, porque o amazonas não dispõe de estações sísmicas. “A gente faz o monitoramento a partir dos efeitos dos terremotos. Não temos estações sísmicas próprias. A gente utiliza os dados de outras estações sísmicas, tipo essa de Balbina e outras, distribuídas em todo o território nacional.”

A cidade de Cruzeiro do Sul, onde aconteceu o terremoto, na noite desta terça-feira, está a 179  km de Manaus.

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