Sucateado e com estrutura precária, Instituto de Criminalística do Amazonas deixa de atender à demanda do Estado

A informação foi confirmada nesta terça-feira (22), pelo presidente da Associação dos Peritos Oficiais do Estado do Amazonas, André Segundo. De acordo com ele, a associação resolveu denunciar, porque os peritos já estão sem condições de atuar. “Já chegou num ponto que os peritos não têm mais condições de trabalho. Temos sido demandados por diversos associados por causa disso. O quadro funcional não aguenta mais essa situação!”

Durante coletiva à imprensa, na sede do instituto, ele afirmou que o prédio, que funciona ao lado do Instituto Médico Legal (IML), na Avenida Max Teixeira, zona Norte, está com a estrutura física comprometida.”A rede não

No local, é possível observar que o sistema de condicionadores de ar está deteriorado, a parte elétrica exposta, os corredores às escuras e objetos resultantes de apreensões estão espalhadas pelo chão. “Estava aqui de plantão no domingo como perito e não havia copos e muito menos água para beber; falta segurança, afinal trabalhamos aqui com armazenamento de armas, drogas; há infestação por pragas. Então, estamos pedindo socorro aos nossos governantes.”

A Associação de Peritos denuncia que, além da falta de profissionais, o Laboratório Forense de Análises Biológicas, Bioquímicas e Toxicológicas não conta com materiais como reagentes e padrões para a realização de exames complexos, além de equipe capacitada.

 

Em outros casos, equipamentos até existem, mas estão sem uso, por conta da falta de estrutura do prédio do Instituto de Criminalística.”A rede elétrica não suporta. Há infiltrações por todo o prédio. Nós deixamos de receber equipamentos do governo federal, justamente por não ter estrutura física.”

Um exemplo recente é o caso do exame feito com material genético do motorista Ozaias Costa de Almeida, causador do acidente de trânsito que vitimou 15 pessoas, no dia 28 de março, na avenida Djalma Batista, zona Oeste da capital. O exame teve de ser solicitado pelo IML a uma instituição de Belém, no estado do Pará. “Com0 foi um caso de grande repercussão, teve-se de mandar para Belém, para que se desse uma resposta à população, ou seja, os demais casos, não seguem esse caminho!”

Hoje, de acordo com o presidente da Associação dos Peritos, André Segundo, cerca de 170 peritos criminalistas oficiais atuam no Amazonas.

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