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Serviço de hemodiálise será ampliado sem Manaus, a partir da próxima quarta-feira

O serviço de hemodiálise será ampliado, a partir da próxima quarta-feira (17/10), para atender mais 200 pacientes em Manaus. A informação é da Secretaria Estadual da Saúde (Susam). De acordo com o órgão, a ampliação é uma das medidas previstas no Plano Estadual de Atenção ao Paciente com Doença Renal Crônica, que está em fase de implantação pelo órgão.

O secretário estadual de Saúde, Orestes Guimarães de Melo Filho, adianta que outras 180 vagas deverão ser abertas até o final deste ano, com a meta de atender 100% da atual demanda pelo serviço, no Estado. “Com isso, conseguiremos atender todos os pacientes que necessitam fazer hemodiálise”, afirma Orestes.
As novas vagas serão disponibilizadas por meio de convênio com a Clínica Pronefro, que hoje atende a 212 pacientes. Com o novo serviço, a capacidade de atendimento no local passa para 412. Atualmente, 986 pacientes realizam Terapia Renal Substitutiva (TRS) no Amazonas. Deste total, 72 fazem diálise peritoneal, que é feito via cateter abdominal e pode ser realizado em casa. Este serviço também terá sua oferta ampliada.
Segundo Orestes, este serviço será implementado para os pacientes que moram no Interior do Estado, assim só  precisarão vir para a capital uma vez por mês.

Implantação de ambulatórios – A coordenadora da Rede de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas, Liliana Lima Melo, informa que será implantado ainda dois ambulatórios pré-dialíticos, para acompanhamento dos primeiros estágios da doença renal, antes que evolua para a fase crítica, que necessita de diálise ou transplante. A Susam, reforça ela, já está com o serviço em processo de habilitação junto ao Ministério da Saúde (MS).
Liliana destaca que, também está no MS, o processo para habilitação do Serviço da Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ) para realização de diálises. Embora a instituição já ofereça este tipo de procedimento, o objetivo é que a unidade receba recursos do MS para garantir a assistência prestada. “Hoje, considerando a necessidade, o Estado custeia com recursos próprios o tratamento contínuo de pacientes renais crônicos, atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na Fundação Adriano Jorge”, disse.

Convênios – Além da FHAJ, dentro da rede de saúde pública, o serviço continuado é ofertado através de convênios da Susam com quatro unidades particulares – Hospital Santa Júlia, Clínica Renal de Manaus, Centro de Doenças Renais e Clínica do Amazonas e Clínica Pronefro. Ainda tem os hospitais e prontos-socorros que realizam hemodiálise nos pacientes renais crônicos que estão na fila de espera para tratamento.
A hemodiálise é um procedimento que permite a filtração do sangue, eliminando o excesso de toxinas, sais minerais e líquidos nas pessoas que possuem insuficiência renal grave. O tratamento é indicado pelo nefrologista e, geralmente, é feito pelo paciente por toda a vida. Por isso, a necessidade constante de ampliação de vagas.
Edital de Credenciamento – Visando o aumento da oferta, foi lançado um Edital de Credenciamento para a habilitação dos Serviços de Nefrologia, que terá a validade de 2 anos. Tal medida vai dar oportunidade que os atuais prestadores ampliem a oferta de serviços, além de permitir a entrada de novas empresas no mercado. A melhora  completa do paciente se dá apenas por meio do transplante dos rins.
Transplante – O Governo do Estado também está retomando o transplante de rins, procedimento que foi suspenso em 2016, em gestão anterior. As cirurgias serão realizadas, a partir de novembro deste ano, no Hospital e Pronto-Socorro da Zona Norte, que passará a operar com toda sua capacidade instalada.
Competências definidas – O Plano Estadual de Atenção ao Paciente com Doença Renal Crônica foi aprovado em novembro do ano passado, já na atual gestão, que assumiu em outubro. O plano prevê o planejamento de ações por parte do Estado e dos municípios para o prazo de cinco anos.
A secretária executiva Adjunta de Atenção Especializada da Capital (SEA), Joselita Nobre, da Susam, aponta que é de competência do Estado oferecer atendimento de Média e Alta Complexidade, o que, neste caso, significa os Ambulatórios Pré-dialíticos, as Terapias Renais Substitutivas e os Transplantes. Já aos municípios cabem as ações de promoção e prevenção das doenças crônicas. Ela destaca a importância de fortalecimento da Atenção Básica, nos municípios, para melhorar a assistência ao paciente hipertenso e diabético, garantindo, dessa forma, o retardamento de complicações renais.
Fortalecimento da Atenção Básica – Joselita lembra que um dos principais fatores de risco para doença renal crônica é a diabetes e a hipertensão, ambas cuidadas na Atenção Básica. “O problema é que quando o paciente chega até a atenção secundária e terciária já passou por período de complicações orgânicas que, muitas vezes, é irreversível. Precisamos que a Atenção Primária dê atenção total a esses pacientes, para que retarde as complicações da doença renal, de forma a diminuir o número de pessoas que necessitam fazer hemodiálise. O Estado está promovendo um grande avanço no atendimento especializado, com a ampliação de vagas de hemodiálise, de diálise peritoneal e retorno do transplante de rim, mas é essencial que se fortaleça a Atenção Básica”, frisou.

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