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Seap atribui assassinatos de detentos da UPP a “racha” no comando de facção

Mesmo com visitas e banhos de sol suspensos, na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), por conta das mortes de detentos ocorridas na noite da sexta-feira (7) e final da tarde de sábado (8), foi grande a movimentação do lado de fora da unidade, neste domingo (9).

Muitos familiares de presos estavam em busca de informações.  Aproveitando o clima de Semana Santa, mulheres, esposas e mães de presos, organizaram um  roda de orações para pedir pela vida dos detentos.

O sétimo preso morto dentro da Unidade Prisional do Puraquequara, que fica no km 2 do Ramal da Bela Vista, em Manaus, foi Jonathas Brito Pena. Ele foi encontrado morto por volta das cinco e meia da tarde do sábado. O interno apresentava sinais de morte por asfixia, com suspeita de enforcamento. Jonathas estava preso desde outubro de 2016 pelo crime de tráfico de drogas.

A confusão na unidade prisional – a mesma onde 4 detentos foram assassinados no inicio do ano – na sequência de mortes ocorridas no dia primeiro de janeiro de 2017, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) – começou na noite de sexta-feira, quando 6 detentos foram assassinados dentro das celas, pelos próprios presos, segundo informou por nota a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

Ainda na noite da sexta-feira, outros 20, ameaçados de morte, foram transferidos para o isolamento externo.

O secretário da administração penitenciária, coronel PM Cleitmam Rabelo, negou que tenha havido motim ou rebelião na unidade. Segundo o secretário, as mortes foram  motivadas por um ‘racha’ dentro do comando de uma facção criminosa que atua no Amazonas, a Família do Norte (FDN).

De acordo o secretário, as 6 vítimas de sexta-feira foram mortas pelos próprios companheiros de cela. Dois foram estrangulados, um foi atingido com um objeto pontiagudo – uma capa de DVD – no peito, outro foi degolado e o último foi atingido na cabeça com uma peça de um dos ventiladores distribuídos nas celas.

Ele afirmou que todos serão ouvidos, indiciados e punidos.

 

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