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Redução do número de anestesistas em hospitais da rede estadual de saúde é denunciada na Aleam

– (médicos da FCecom – imagem apenas ilustrativa – foto: Fábio Bindá) – A informação sobre a redução, a partir de 1° de junho, do número de plantões de anestesistas nos principais hospitais de Manaus foi recebida com críticas pela bancada de oposição ao governo, na Assembléia Legislativa do Estado.

A redução foi comunicada por meio de ofício (n° 3368/2018) encaminhado no dia 2 deste mês, pelo secretário Executivo da Superintendência de Saúde do Amazonas (Susam), Orestes Guimarães de Melo Filho, ao diretor presidente do Instituto dos Anestesiologistas do Amazonas, Hideto Yasuda. O documento informava “a redução total do número de plantões em aproximadamente 165” nos cinco maiores hospitais de Manaus.

Nessa quinta-feira (24), o deputado Serafim Corrêa (PSB) explicou: “Com essa decisão, um plantão que tinha, por exemplo, quatro anestesistas, só terá dois. O que tinha dois anestesistas passará a ter apenas um. E a consequência disso, que é óbvia e natural, é a diminuição da capacidade dos hospitais e prontos socorros de realizar cirurgias e procedimentos, porque se com a quantidade de anestesistas disponíveis está ruim, imagine diminuindo. Ou será que hoje tem plantão demais? Não creio que tenha, pois as reclamações são constantes”, disse Serafim.

O parlamentar alertou para o impacto imediato na diminuição de cirurgias e aumento das filas no sistema. “Ora, sem anestesistas não há o atendimento de urgências e emergência, não tem a cirurgia. O anestesista é fundamental. A alegação do governo é que esse serviço custa muito caro, então proponho que se rediscuta o preço, mas reduzir plantão é a pior saída”, aponta o parlamentar.

De acordo com o ofício, serão atingidos com a redução, os seguintes hospitais: Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto e Hospital e Pronto Socorro João Lúcio – redução estimada de 60 plantões/mês, cada; Fundação Hospital Adriano Jorge – redução estimada de 31 plantões/mês; Instituto da Mulher e Maternidade Dona Lindu – redução de um profissional no período diurno dos plantões aos sábados; Maternidade Ana Braga – redução de 30 plantões.

Na Fundação Adriano Jorge, segundo o ofício, de segunda-feira à quarta-feira, das 7h às 17, o hospital ficará sem nenhum anestesista, a partir do dia 1° de junho.

“O que está ruim pode piorar. Eu cobro do Governo uma explicação, o ‘por que’ dessa ação, porque não dá para fugir da realidade, vão diminuir cirurgias e a fila vai aumentar”, requereu o deputado.

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