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‘Reconheço o poder dos meus lábios, gosto deles”, diz Antonia Morais

 

“Reconheço o poder dos meus lábios, gosto deles”, diz Antonia Morais

Atriz e cantora, Antonia Morais faz um pouco de tudo – menos falar sobre fetiches e desejos

À  beira dos 23 anos, Antonia Morais é como um portal para a tal geração Z (vale dar um Google). No último ano, saiu da casa dos pais (Gloria Pires e Orlando Morais), parou de fumar  (“Foi mais fácil do que pensava”), e mergulhou “num processo introspectivo”. Emergiu com Milagros, EP disponibilizado em seu site. Fez tudo sozinha: da capa à mixagem, dos instrumentos aos vocais, das composições ao site. O resultado é uma viagem boa, “com muito de mim, talvez mais do que eu planejava”, texturas, colagens e uma sedutora inquietação.

“You’ve Got the Fuel, I’ve Got the Fire”, canta Antonia em uma das faixas. Outra se chama “7 seconds of Youth”. Dá para se perder no som. E no olhar de Antonia, que reconhece o poder de seus lábios (“Eu gosto deles”) e a qualidade de seu trabalho. “Fiz com muita vontade. Só sei fazer assim.”

Antonia Morais (Foto: Gustavo Zylbersztajn)

 

Como atriz, seu papel mais recente é no filme Linda de Morrer, no qual contracena com a mãe e que estreia em julho. “Sou artista, me expresso por meio de diferentes artes”, diz ela, que embora tenha a sensibilidade à flor da pele (irretocável, diga-se) não gosta de expor sentimentos, fetiches ou desejos. “Não é tabu, só é muito pessoal mesmo.”  Com alguma insistência, confessa: “Sou seduzida por homens com inteligência e bom humor. Acho que o lance tem a ver com energia”.

Antonia Morais (Foto: Gustavo Zylbersztajn)

 

Talvez por isso prefira um bom papo no bar a baladas. É interessada em astronomia, espiritualidade, Anne Frank, Paulo Leminski, Marilyn Manson… A lista é extensa. Com curvas tão interessantes quanto as reconhecidas facilmente num bater de olhos. Some a isso uma vontade latente de descobrir, testar tudo, incluindo os próprios limites. “Às vezes eu acho que tenho de me proteger de mim mesma.” Intensidade não falta. E vitalidade. “Só quero ser quem eu sou e que compreendam a minha onda.” Dito isso, é preciso uma correção: Antonia não é um portal para a juventude, é a fórmula. E muito boa onda.

Antonia Morais (Foto: Gustavo Zylbersztajn)

 

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