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Quarta-feira de violência, quebra-quebra e tensão, em Coari-AM

Um grupo de servidores públicos e moradores de Coari, município do Interior do Amazonas, a 363 quilômetros de Manaus, protagonizou, no final da manhã desta quarta-feira (14), uma versão tropical de um dos fatos políticos mais conhecidos da história Francesa – a queda da bastilha.

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Revoltados, num dia de violência sem precedentes, eles promoveram um ‘quebra-quebra’ na sede do município.

As causas da revolta seria o atraso de mais de dois meses de salários. Segundo moradores da cidade, os servidores estariam sem receber desde novembro. O 13º também não teria sido pago.

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Estima-se que mais de cinco mil pessoas tenham saído às ruas da sede do município. Eles invadiram e destruíram prédios públicos, casas de políticos, incendiaram veículos e saquearam comércios.

Os protestos começaram por volta das 10h, com os mototaxistas, que foram à Câmara Municipal cobrar dos vereadores uma resposta ao pedido de reajuste da tarifa, feito pela categoria. Como não foram atendidos pelos parlamentares, os mototaxistas seguiram em direção às casas dos vereadores. Pelo caminho, foram recebendo adesão da população.

O quebra-quebra começou com os manifestantes destruindo as fachadas das casas de quatro parlamentares: Salustiano Junior (PMDB), Passarão (PTC), Bat (PMDB) e Clodair Melo (PC do B).

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Em seguida, eles foram para a nova casa da mãe do Prefeito Igson Monteiro (PMDB), localizada na rua 02 de dezembro, bairro de Tauámirim. Após destruir toda a casa, viraram um veículo S10. Foi a ocasião em que houve maior violência. Houve tiros e confronto com a polícia. Os manifestantes arremessaram ovos e pedras nos policiais  e queimaram eletrodomésticos.

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Depois, a população se dirigiu à Câmara Municipal, na Praça São Sebastião, Centro da sede do município. Eles quebraram toda a entrada, recepção e garagem do prédio. Os funcionários que ainda estavam nas dependências da casa legislativa tiveram de se trancar nas salas, para não serem espancados.

Após a chegada da polícia, os manifestantes se dispersaram em direção ao bairro de Nazaré Pinheiro, onde está localizada a casa do prefeito Igson. Ao chegarem, derrubaram o muro, tocaram fogo e saquearam duas residências. Eles ainda jogaram um pick-up Pajero no mato e ateraram fogo.

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Nos últimos meses, Coari foi abalada por um escândalo que ganhou o noticiário nacional, após denúncias contra o  então prefeito Manoel Adail Pinheiro (PRP), acusado de chefiar um esquema de prostituição infantil, no município. O ex-prefeito está preso em Manaus.

Município produtor de petróleo, Coari vive, basicamente, dos royalties que recebe do governo federal.

3 Comentários para “Quarta-feira de violência, quebra-quebra e tensão, em Coari-AM”

  1. Manauara disse:

    PQP, agora o caldo entornou. Olha só o que dá julgar o processo no TSE no ultimo dia antes do recesso. O prefeito só vai sair em fevereiro e enquanto isso se julga não ter mais compromisso com o povo. Isso é muito culpa de quem autorizou a candidatura do prefeito cassado Adail, tanto é que o pleno do TSE cassou e fez valer a lei da ficha limpa.

  2. Aldir Martins disse:

    Amigos: Não acreditem em falsas conversas, a coisa aqui é muito pior do que vocês imaginam!
    Por exemplo: O poder legislativo, que era pra ser um poder fiscalizador em favor do povo, se vendeu explicitamente aos caprichos do Executivo, deixando o povo desamparado, a cousa ta tão feia, que um funcionário público, trocou uma bota sete léguas por uma cambada de peixe no dia 30 de dezembro., enquanto dois vereadores apostam em uma partida fe futebol, R$: 5.000,00 ( cada um ).
    Sou contra a violência, mais diante de tantos desmandos, fico com o povo.

  3. Continuem vendendo seus votos pra ver melhora as condições de vida de vocês!

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